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Dois dos quatro americanos sequestrados no México são encontrados mortos

Grupo foi capturado em área conhecida pela violência ligada ao narcotráfico; governo americano prometeu que buscará justiça

Internacional|

México e EUA trabalham de forma conjunta para encontrar responsáveis pelo sequestro
México e EUA trabalham de forma conjunta para encontrar responsáveis pelo sequestro México e EUA trabalham de forma conjunta para encontrar responsáveis pelo sequestro

Dois dos quatro americanos sequestrados na última sexta-feira (3) na cidade fronteiriça de Matamoros, no nordeste do México, foram encontrados mortos nesta terça (7), informaram as autoridades mexicanas.

"Já foi plenamente confirmado pelo Ministério Público: entre os quatro [americanos] há dois mortos, um ferido e outro com vida", disse o governador de Tamaulipas, Américo Villarreal, por telefone, durante uma entrevista coletiva com o presidente Andrés Manuel López Obrador.

Villarreal não especificou onde os reféns foram encontrados, embora as operações realizadas pelas autoridades mexicanas, em coordenação com agências americanas, incluam uma grande área de Tamaulipas, à qual pertence Matamoros.

"Neste momento as ambulâncias e equipes de segurança vão prestar a assistência para o transporte e apoio médico necessário", acrescentou o governador.

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Durante o sequestro, realizado por homens armados, também morreu um cidadão mexicano, anunciaram na segunda-feira (6) as autoridades, que ainda não revelaram a identidade dos sequestrados.

O presidente López Obrador lamentou as mortes e disse que o governo federal divulgará um relatório sobre o caso durante o dia.

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“Lamentamos muito que isso esteja acontecendo em nosso país e enviamos nossas condolências às famílias das vítimas, aos amigos, ao povo dos Estados Unidos, ao governo dos Estados Unidos [...]. Vamos continuar nosso trabalho para garantir a paz, a tranquilidade", afirmou.

Na segunda-feira, o presidente recebeu em seu gabinete o embaixador dos Estados Unidos, Ken Salazar, para discutir o caso.

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Hoje, a Casa Branca qualificou de "inaceitável" o sequestro dos cidadãos americanos e disse que o governo americano buscará justiça para as vítimas.

"Vamos trabalhar estreitamente com o governo mexicano para assegurar que a justiça seja feita neste caso", disse à imprensa, em Washington, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby.

'Inaceitável'

Os americanos foram sequestrados ao cruzar a fronteira, na última sexta-feira (3), para comprar remédios, segundo o presidente mexicano.

Na segunda-feira, a Casa Branca já havia chamado esses ataques de "inaceitáveis".

"Eles têm o direito de se manifestar como o fizeram, porque não desejamos isso", respondeu López Obrador nesta terça-feira.

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"Estamos trabalhando todos os dias para garantir a paz, a tranquilidade, e vamos continuar trabalhando", acrescentou.

As vítimas chegaram em um veículo branco com placa da Carolina do Norte, segundo um relatório anterior do FBI, a polícia federal americana, que ofereceu 50 mil dólares (cerca de 258 mil reais) a quem ajudasse a encontrar as vítimas e a prender os sequestradores.

"Pouco depois de atravessar para o México, homens armados não identificados dispararam contra os passageiros do veículo. Os quatro americanos foram colocados em um carro e levados por homens armados", informou a instância policial.

Área de alto risco

Matamoros é afetada pela violência ligada ao narcotráfico e outras formas de crime organizado. As estradas de Tamaulipas estão entre as mais perigosas do México.

De fato, há vários meses os Estados Unidos mantêm um alerta para que seus cidadãos não viajem para aquele estado, devido a sequestros e outros crimes. Segundo esse alerta, a atividade do crime organizado inclui tiroteios, assassinatos, roubos, sequestros, desaparecimentos forçados, extorsões e agressões sexuais. 

O porta-voz do Departamento de Estado americano, Ned Price, reforçou aos cidadãos dos Estados Unidos que o alerta continua em vigor. "Não viajem. Encorajamos os americanos a seguir esse conselho", disse ele.

Funcionários do consulado americano estão proibidos até mesmo de trafegar nas estradas secundárias da região.

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