O presidente sírio, Bashar al Assad, afirmou nesta segunda-feira (11) que seu regime não cederá às pressões, no conflito entre suas tropas e os rebeldes, marcado por um inédito atentado em uma cidade turca fronteriça.
"A Síria continuará sendo o coração vivo do mundo árabe e não renunciará a seus princípios (...) mesmo se estiver submetida a pressões cada vez maiores ou se for objeto de variados complôs" afirmou o presidente diante de uma delegação jordaniana, segundo a agência oficial SANA.
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O presidente fez estas declarações enquanto o chefe da coalizão opositora síria, Ahmed Moaz al Khatib, reivindica uma resposta clara de Damasco a sua proposta de diálogo e enquanto os rebeldes obtinham uma importante vitória ao tomar o controle da represa do Eufrates, a maior da Síria.
Na fronteira com a Turquia, país que apoia a rebelião, pelo menos dez pessoas morreram e 30 ficaram feridas com a explosão de um carro bomba, segundo Ancara. É o atentado mais grave nesta área desde o início do conflito sírio há quase 23 meses.
A explosão provocada por um veículo com matrícula síria, aconteceu na área que separa o território turco do posto fronteiriço sírio de Bab al Hawa, controlado pelos rebeldes.
Trata-se do incidente mais grave na fronteira entre ambos os países, antes isolados, desde a queda, em outubro, de um morteiro do exército sírio em uma cidade turca, que matou cinco civis.
Por outro lado, no norte da Síria, a represa estratégica do Eufrates, que irriga milhares de hectares, foi tomada por rebeldes islamitas, segundo o OSDH (Observatório Sírio de Direitos Humanos).
Trata-se da "maior perda econômica para o regime desde o começo da revolta", segundo esta organização, que conta com uma ampla rede de militantes e fontes médicas civis e militares em todo o país.
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