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Empresa Benetton admite vínculos com prédio que caiu em Bangladesh e matou 900 pessoas

Mortos em tragédia de 24 de abril já passam de 900; hoje, incêndio em fábrica matou oito pessoas

Internacional|Ansa

Más condições de trabalho: incêndio hoje em fábrica de tecidos em Bangladesh matou oito pessoas
Más condições de trabalho: incêndio hoje em fábrica de tecidos em Bangladesh matou oito pessoas ABIR ABDULLAH/EFE

O executivo-chefe da Benetton, Biagio Chiarolanza, admitiu nesta quinta-feira (9) os vínculos da multinacional da moda com a tragédia que ocorreu no Rana Plaza, o edifício que desmoronou em Bangladesh com milhares de trabalhadores no interior, deixando um número de mortos que as autoridades elevaram hoje a 912.

Chiarolanza disse ao site Huffington Post, dos Estados Unidos, que a Benetton comprou, entre dezembro de 2012 e janeiro de 2013, um lote de cerca de 200 mil camisas, de uma empresa chamada New Wave Style, que administrava uma das fábricas dentro do Rana Plaza.

"No momento do desastre, a New Wave não era uma das nossas fornecedoras, embora um dos nossos fornecedores na Índia tenha subcontratado dois pedidos à empresa", afirmou.

As afirmações de Chiarolanza contradizem as declarações iniciais da Benetton, nas quais a empresa italiana negou qualquer vínculo com a tragédia.


"Nenhuma das empresas implicadas é fornecedora do grupo Benetton ou de qualquer uma das suas marcas", disse a Benetton em comunicado logo após a tragédia, em 24 de abril.

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A declaração feita hoje por Chiarolanza se trata de um passo atrás, após terem sido descobertas etiquetas da United Colors of Benetton entre os escombros do edifício que desabou, ao lado de etiquetas da gigante sueca H&M, da irlandesa Primark, da canadense Joe Fresh e da gigante varejista norte-americana Walmart.


Mas a entrevista de Chiarolanza serviu também para apontar os refletores para o labirinto de contratos e subcontratos (no caso da Benetton, mais de 700 empresas em 120 países), que mantêm em pé o mercado da moda popular e das roupas vendidas em lojas de departamentos e hipermercados, o que por vezes torna impossível traçar o caminho que o vestuário segue desde a fábrica até o consumidor.

"Não deixaremos Bangladesh, podemos ajudar o país a melhorar as suas próprias condições, mas são necessárias mais medidas de segurança trabalhista, bem como um ambiente de trabalho melhor", disse Chiarolanza.

Enquanto isso, os trabalhadores continuam a morrer nas fábricas têxteis de Bangladesh. Nesta quinta-feira, um incêndio matou oito pessoas, entre as quais os diretores da Tung Hai Sweather, em Daca.

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