Estado de saúde de Chávez é estável, diz governo da Venezuela
Presidente continua recebendo tratamento para uma insuficiência respiratória
Internacional|Do R7, com agências internacionais
O estado de saúde do presidente venezuelano, Hugo Chávez, não mudou nos últimos dias e ele continua recebendo tratamento para uma insuficiência respiratória, informou o governo na noite de segunda-feira (7), quase um mês após a complexa operação em Cuba contra o câncer que colocou em dúvidas as chances de Chávez permanecer no comando do governo.
"O presidente se encontra em uma situação estável com relação à descrita no boletim médico mais recente, quando foi informada a insuficiência respiratória enfrentada pelo comandante Chávez como consequência de uma infecção pulmonar sobrevinda no curso do pós-operatório", disse o ministro da Comunicação, Ernesto Villegas.
"O tratamento vem sendo aplicado de forma permanente e rigorosa, e o paciente está assimilando", acrescentou o ministro, em cadeia de rádio e TV.
Sem Chávez, Venezuela vê declínio de influência regional
Assessor de Dilma diz não ver instabilidade na Venezuela
No boletim emitido pelo Governo na última quinta-feira, Villegas informou que Chávez, reeleito no pleito de outubro passado, sofria uma insuficiência respiratória por causa de uma "severa" infecção pulmonar depois de sua quarta e "complicada" operação por conta de um câncer em Cuba, em 11 de dezembro.
— O Governo bolivariano mantém contato permanente com a equipe médica que atende o comandante Chávez, assim como com os familiares que o acompanham.
Villegas reiterou, além disso, o compromisso do Executivo de "manter informado o povo venezuelano sobre a saúde" do líder, no poder desde 1999, convidando-o a "ignorar as mensagens de guerra psicológica que desde o exterior pretendem perturbar a família venezuelana".
Faltando três dias para que Chávez assuma o mandato para o período 2013-2019, o Governo disse nesta segunda-feira que não descarta que o líder possa estar presente em Caracas e prepara atos nas ruas com a presença de presidentes de países "amigos".
No entanto, o Governo advertiu que, se o líder não puder estar presente nesta quinta-feira, para o que considera uma "formalidade", Chávez irá jurar o cargo quando for possível.
A oposição, por sua vez, defende a necessidade de designar um novo Executivo liderado pelo presidente do Parlamento.