“Foi a pior coisa que eu já vi”, diz médico que examinou crianças mortas em massacre nos EUA
Todas as 20 crianças mortas tinham seis ou sete anos de idade
Internacional|Do R7
“Foi a pior coisa que eu já vi [na minha vida]”. Foi dessa forma que o médico Wayne Carver, diretor do Escritório Legista do Estado de Connecticut, descreveu os corpos das vítimas do massacre da escola Sandy Hook, ocorrido nesta sexta-feira (14) em Newtown, Estados Unidos.
Encarregado de analisar os corpos das vítimas do massacre, Carver disse em entrevista coletiva na tarde deste sábado (15) que não tinha visto "nada igual" em toda sua carreira.
— Não tenho os detalhes de todos os falecidos, mas alguns sofreram ferimentos devastadores. (...) Não acho que nenhum dos meus colegas tenha visto algo assim antes.
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Segundo Carver, todas as vítimas receberam mais de um disparo das armas de Adam Lanza, de 20 anos, que invadiu a escola na manhã de ontem, matando 20 crianças e seis adultos, antes de se matar. Minutos antes de cometer o massacre, ele matou uma mulher adulta dentro de sua casa, possivelmente sua mãe — as autoridades ainda não confirmaram a identidade desta vítima.
— Certamente, todos morreram por ferimento de bala.
Carver afirmou que todas as mortes estão sendo tratadas como homicídio.
Cada um dos corpos examinados por Carver receberam um mínimo de três e um máximo de 11 disparos. O legista informou ainda que os alunos examinados usavam “coisas de criança”.
Após a entrevista de Carver, as autoridades entregaram à imprensa a lista de nomes de todas as vítimas do massacre.
Entre as 26 mortes, 18 eram mulheres e oito eram homens. As vítimas mais jovens tinham seis anos e a mais velha, 56.
Todas as 20 crianças mortas tinham seis ou sete anos de idade, o que confirma que o atirador invadiu apenas duas salas da escola.