No último domingo (9), um zoológico de Copenhague, na Dinamarca, foi duramente criticado por sacrificar a girafa
Marius, um filhote de apenas 18 meses, com um tiro na cabeça.
Blogueiros, ativistas e internautas protestaram contra o ato e relembraram que o país
também é responsável pela matança de baleias nas Ilhas Faroë
Montagem R7
O zoológico
de Copenhague explicou que não poderia deixar a girafa crescer porque era preciso evitar a
consanguinidade entre animais da mesma espécie. Outros métodos, como castração
ou reinserção no habitat natural, foram descartados por seus efeitos na girafa.
Um zoológico sueco também solicitou a transferência do animal, mas sem
sucesso. Segundo o zoo de Copenhague, sua política é não vender animais
AFP
Depois
de morto, o animal foi submetido a uma necropsia. A direção do local convidou diversas
pessoas, entre adultos e crianças, para assistir à atividade por motivos educacionais
AFP
O ritual de matança de baleias nas ilhas Faroë, conhecido como Gridadrap, também é acompanhado por dezenas de pessoas nesse arquipélago dinamarquês.
A prática anual é de origem viking e ainda resiste como parte da cultura local. Dezenas de baleias-piloto são encurraladas perto da praia para dar início à matança
Reprodução/dailymail.co.uk
Depois de concentradas na praia, homens e meninos entram na água com facas para matá-las. Apesar de o ritual ter bastante participação dos moradores locais, qualquer um pode entrar na água para caçar as baleias.
O termo Grindadrap significa, no dialeto nórdico, "matar baleias"
Reprodução/dailymail.co.uk
Os moradores da região dizem que o ritual não é feito para fins
comerciais. A carne das baleias é dividida entre os membros da comunidade e mais participantes
Reprodução/dailymail.co.uk
Depois da morte de Marius, blogueiros e ativistas compararam a frieza da atitude do zoológico com a prática de caça às baleiras nas Ilhas Faroë.
O Gridadrap também
é criticado por organizações estrangeiras de proteção aos animais
A blogueira e ativista Maria Rexach-Rivera
perguntou em seu blog It Is What It Is (É o que é, em tradução livre), na terça-feira (11), “quem pode dizer que isso é normal, correto,
educacional, científico, natural?”.
Muitas pessoas questionaram também que o sacrifício de Marius ocorreu na frente de crianças. Para a blogueira americana Helia, " isso é o que queremos ensinar para nossas crianças?"