Pelo menos 1.130 pessoas morreram nos últimos seis dias pela onda de calor que castiga a província de Sindh, no sul do Paquistão, sobretudo em sua capital, Karachi, onde o governo declarou estado de emergência e o Exército foi mobilizado
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O secretário de Saúde do governo regional de Sindh, Said Mangnejo, disse à Agência Efe nesta quinta-feira (25) que em Karachi, a cidade mais populosa e centro financeiro do país, 1.100 pessoas morreram desde a sexta-feira (19) e mais 30 em outras áreas da província
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"O governo provincial declarou o estado de emergência em todos os hospitais da cidade (...) Os colégios, universidades e escritórios permanecerão fechados", explicou Mangnejo
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Segundo o jornal "Dawn", 40 mil pessoas foram tratadas nos hospitais de Karachi por causa do calor e centenas delas continuam hospitalizadas
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A maioria das mortes são de pessoas com mais de 60 anos e de trabalhadores que desempenhavam sua tarefas ao ar livre
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Segundo explicaram à Efe várias fontes hospitalares, um alto número das mortes ocorreu por golpes de calor e desidratação
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Esta onda de calor no Paquistão coincidiu com o começo do Ramadã, a festividade mais sagrada para os muçulmanos e que estabelece a não ingestão de alimentos e bebidas entre a alvorada e o crepúsculo durante um mês
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O Exército paquistanês estabeleceu 29 centros em Karachi, uma cidade de aproximadamente 20 milhões de habitantes, e em outras áreas de Sindh, para atender às pessoas afetadas pelo calor, enquanto a Autoridade Nacional de Gestão de Desastres disponibilizou tanques de água na cidade
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Após a máxima de 45 C° no fim de semana, os termômetros baixaram hoje para 36 C°, mas o clima permanece úmido, disse à Efe um membro do Departamento Meteorológico do Paquistão, Mohammed Farouk
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Esta onda de calor no Paquistão coincidiu com o começo do Ramadã na sexta-feira passada (19), o mês mais sagrado para os muçulmanos e que determina o jejum entre o amanhecer e o por do sol nesse período
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O Comitê Central do Ruet-e-Hilal de Karachi, o órgão religioso que determina as datas do Ramadã, emitiu ontem uma fatwa – um pronunciamento legal no Islã emitido por um especialista em lei religiosa – que permite a quebra do jejum devido às altas temperaturas
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As ondas de calor são frequentes no subcontinente indiano nos meses de maio e junho, que precedem a chegada das chuvas da monção. No final de maio, outra onda de calor deixou mais de dois mil mortos no sudeste da vizinha Índia
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Ontem, era esperada uma chuva fraca no final do dia em Karachi, o que faria com que caíssem as temperaturas que alcançaram máxima de 41 C° na terça-feira (23) e que rondaram os 38 C° na quarta-feira (24), disse à Agência Efe um porta-voz do departamento de meteorologia do Paquistão, Muhammad Farooq