Centenas de barcos de imigrantes foram encontrados encalhados na costa da Tailândia, Malásia e Indonésia nas últimas semanas. Dentro dessas embarcações, milhares de homens, mulheres e crianças, cidadãos de países muito pobres como Myanmar e Bangladesh, lutam para sobreviver aos perigos do mar, passam fome e sede e ainda correm o risco de ficar durante dias à deriva, tudo para tentar uma vida melhor.
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Tailândia, Malásia e Indonésia, que são os destinos principais desses imigrantes, se recusaram a deixar que eles desembarcassem nas últimas semanas
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As Nações Unidas condenaram a recusa dos três países asiáticos e declararam que os barcos são "caixões flutuantes"
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As Filipinas se tornaram, nesta terça-feira (19), o primeiro país a oferecer abrigo para os milhares de imigrantes que estão à deriva na Ásia
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O Acnur (Alto Comissariado da ONU para os Refugiados) considerou que o tempo está se esgotando para milhares de imigrantes em
dificuldades e apelou para uma “atuação urgente” dos
governos da região
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“Calculamos que perto de 4.000 pessoas de
Myanmar e do Bangladesh estão retidas no mar e com
escassos mantimentos a bordo. Incluem-se 2.000 homens, mulheres e
crianças que se encontram há mais de 40 dias em pelo menos cinco
embarcações perto das costas de Myanmar e Bangladesh”, disse Adrian Edwards,
porta-voz do Acnur
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Ainda segundo o porta-voz, há informações não
confirmadas que sugerem que o número de pessoas à deriva pode ser maior
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Edwards apelou aos países do sudeste da Ásia para atuarem urgentemente e
“resgatarem e desembarcarem estas pessoas vulneráveis”, antes de se
referir a casos de desidratação e de violência a bordo das embarcações,
relatados pelos imigrantes que conseguiram desembarcar em alguns países
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Nos últimos nove dias, um total de 1.396 pessoas desembarcou
na Indonésia, 1.107 na Malásia e 106 no sul da Tailândia
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Na semana passada, a Tailândia não permitiu que um barco com 300 imigrantes, incluindo
muitas mulheres e crianças, encontrado à deriva em suas águas nesta
quinta-feira chegasse à terra, disseram autoridades
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“Negamos a
eles a entrada no país, mas lhes demos alimento e água em respeito a
nossa obrigações em relação aos direitos humanos”, afirmou Puttichat
Akhachan, general da polícia regional
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Estima-se que 25 mil bengaleses e muçulmanos da etnia rohingya de
Mianmar embarcaram em barcos de traficantes de pessoas nos primeiros
três meses deste ano, o dobro no mesmo período de 2014, segundo o Acnur
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A maioria viaja em barcos precários para a Tailândia, onde é mantida em
acampamentos miseráveis na selva até que pague um resgate
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Tailândia e Malásia declararam que podem criar acampamentos e centros de detenção para
abrigar centenas de refugiados que chegam às costas dos países
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"Temos espaço no centro de detenção agora, mas se for insuficiente o
ministério tem o poder de estabelecer um novo centro de detenção", disse
o vice-ministro do Interior da Malásia, Wan Junaidi Tuanku Jaafar.
— Esta
é a primeira vez que há um afluxo de pessoas dessa magnitude no país