Uma pesquisa publicada pelo jornal Nature Climate Change, especializado em estudos relacionados ao clima, mostra que, até o fim deste século, algumas regiões do Golfo Pérsico terão ondas de calor tão intensas que será impossível para os seres humanos sobreviverem por lá
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Até o ano 2100, algumas partes do Qatar, Emirados Árabes
Unidos, Arábia Saudita, Bahrein, entre outros países da região, terão
combinações de temperatura e umidade que vão superar a qualquer outra onda de
calor já registrada na Terra desde que surgiu a raça humana, segundo
informações divulgadas pelo jornal The Independent
Kamran Jebreili/AP
De acordo com o estudo, essas mudanças de temperatura serão registradas caso as emissões de CO2 (dióxido de carbono) — um dos gases responsáveis pelo efeito estufa — continuem na intensidade atual
Martin Dokoupil/REUTERS
Ainda segundo a pesquisa, o "índice de calor" — medida que determina a intensidade de calor sentida por uma pessoa, levando em consideração a temperatura e umidade do ar — poderá atingir entre 74°C e 77°C por, pelo menos, seis horas ao dia nos países do Golfo
REUTERS/Faisal Al Nasser
Essas temperaturas são tão altas que superam a nossa
capacidade de produção de suor — mecanismo utilizado pelo corpo humano para
"se livrar" do calor — o que faz com que seja extremamente perigoso
que qualquer pessoa saia de um ambiente fresco em qualquer horário
Reprodução/MailOnline
As altas temperaturas não seriam registradas todos os
dias, mas, de acordo com as simulações, as "superondas de calor" vão
atingir a região, pelo menos, uma vez por década até o final do século, o que
fará com que centenas de pessoas percam a vida
Divulgação
No entanto, nem todos os lugares no Golfo se tornariam inabitáveis por conta do calor extremo. Cidades desenvolvidas, como Abu Dhabi, Dubai e Doha, poderiam continuar funcionando por conta da alta oferta de aparelhos de ar-condicionado
Reprodução/ The Independent
Incidentes relacionados ao calor extremos não são incomuns e têm ocorrido com frequência nos últimos anos. Na Arábia Saudita, a tradicional peregrinação à Meca tem gerado frequentes mortes devido à falta de ventilação e ao calor extremo
Reprodução/ Facebook
Em 2003, uma forte onda de calor deixou milhares de mortos
na Europa. Apenas na França, foram mais de 14 mil, a maioria de idosos. As
temperaturas chegaram a atingir os 50°C em algumas regiões do continente
REUTERS/Regis Duvignau
Neste ano, Egito, Sudão, Japão e Índia foram abalados por fortes ondas de calor, que deixaram centenas de mortos