Greenpeace diz que ativistas poderão sair da Rússia antes do fim do ano
Os ativistas foram acusados de atos de pirataria por tentarem subir em uma plataforma petrolífera
Internacional|Agência Brasil
A organização não governamental (ONG) Greenpeace espera que os ativistas que estavam detidos na Rússia e foram anistiados nesta quarta-feira (18) deixem o país antes do fim do ano. Para sair do território russo, os estrangeiros de 28 nacionalidades — entre os quais a brasileira Ana Paula Maciel, 31 anos — precisam de autorização da Justiça da Rússia, por meio de um documento que oficialize o fim do processo criminal contra eles.
Os ativistas foram acusados de atos de pirataria por tentarem subir em uma plataforma petrolífera de uma empresa russa próximo ao Ártico, em protesto contra a exploração de gás na região.
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De acordo com o Greenpeace, o documento deverá ser expedido entre sexta-feira (20) e segunda-feira (23). Para deixar a Rússia, os estrangeiros precisam ter um visto de saída.
Segundo a organização, os envolvidos no caso podem recusar a anistia e passar por um julgamento para tentar provar a inocência.
O Greenpeace informou que essa decisão será feita individualmente pelos ativistas, que já estavam fora da prisão desde o final de novembro, pouco antes de expirar o prazo da prisão preventiva decretada pela Justiça russa. Os estrangeiros estão hospedados em um hotel em São Petersburgo, após libertação por meio de fiança.
O Artic Sunrise, navio do Greenpeace, foi retido no dia 19 de setembro por comandos da guarda costeira russa e os ativistas da organização foram presos. No início de outubro, os 30 membros da tripulação foram acusados formalmente de pirataria e tiveram prisão preventiva decretada. Posteriormente, a acusação foi amenizada para vandalismo.