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‘Indignada’ com execução na Indonésia, Dilma chama embaixador brasileiro de volta ao país

Brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira foi executado na Indonésia por tráfico de drogas

Internacional|Do R7

Marco Archer foi executado neste sábado
Marco Archer foi executado neste sábado

A presidente brasileira Dilma Rousseff afirmou neste sábado (17) estar “indignada” com a execução do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, realizada por fuzilamento na Indonésia na madrugada deste domingo (horário local, tarde de sábado no Brasil).

A mandatária ainda convocou o embaixador brasileiro no país asiático para consultas, uma atitude que, na diplomacia, é interpretada como um estremecimento nas relações entre dois países.

O presidente da Indonésia, Joko Widodo, negou nesta sexta-feira (16) um pedido de clemência feito por Dilma para que o brasileiro não fosse punido com a pena de morte.

Segundo a nota divulgada hoje pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, a presidente lamentou “profundamente que esse derradeiro pedido, que se seguiu a tantos outros feitos nos últimos anos, não tenha encontrado acolhida por parte do Chefe de Estado da Indonésia”.


— O recurso à pena de morte, que a sociedade mundial crescentemente condena, afeta gravemente as relações entre nossos países.

Leia a nota completa ao final.


Entenda como é realizado o fuzilamento

Execução divide internautas brasileiros


De acordo com as leis da Indonésia, a única forma de reverter uma sentença de morte é o presidente do país aceitar um pedido de clemência. A primeira vez que o governo brasileiro pediu clemência para Archer foi em março de 2005, quando o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou carta ao então presidente Susilo Bambang Yudhoyono. Apesar de não desconhecer a gravidade do delito cometido, Lula apelou ao sentimento de humanidade e amizade do presidente indonésio.

Em 2012, a presidente Dilma já tinha aproveitado um encontro com o presidente Yudhoyono, durante a 67ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, para entregar nova carta apelando para que o brasileiro não fosse executado. Mas nenhum dos pedidos foi aceito.

O atual presidente, Joko Widodo, que assumiu o cargo em 2014, é considerado ainda mais rígido em relação ao combate às drogas. Ele já afirmou que irá negar todos os pedidos de clemência sobre o assunto.

Leia a nota da Presidência da República:

"Nota à imprensa

A Presidenta Dilma Rousseff tomou conhecimento – consternada e indignada – da execução do brasileiro Marco Archer ocorrida hoje às 15:31 horário de Brasília na Indonésia.

Sem desconhecer a gravidade dos crimes que levaram à condenação de Archer e respeitando a soberania e o sistema jurídico indonésio, a Presidenta dirigiu pessoalmente, na sexta-feira última, apelo humanitário ao seu homólogo Joko Widodo, para que fosse concedida clemência ao réu, como prevê a legislação daquele país.

A Presidenta Dilma lamenta profundamente que esse derradeiro pedido, que se seguiu a tantos outros feitos nos últimos anos, não tenha encontrado acolhida por parte do Chefe de Estado da Indonésia, tanto no contato telefônico como na carta enviada, posteriormente, por Widodo.

O recurso à pena de morte, que a sociedade mundial crescentemente condena, afeta gravemente as relações entre nossos países.

Nesta hora, a Presidenta Dilma dirige uma palavra de pesar e conforto à família enlutada.

O Embaixador do Brasil em Jacarta está sendo chamado a Brasília para consultas. 

Secretaria de Imprensa

Secretaria de Comunicação Social

Presidência da República”

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