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Japão cria polêmica e passa a incinerar toneladas de lixo tóxico de Fukushima

A proposta do governo é eliminar os dejetos, mas os especialistas questionam o projeto

Internacional|Do R7

Os dejetos são cobertos por lonas, que inibem, pelo menos um pouco, as radiações
Os dejetos são cobertos por lonas, que inibem, pelo menos um pouco, as radiações

O Japão está usando uma nova, e polêmica, tática para eliminar resíduos contaminados pela radiação em Fukushima: plantas e outros dejetos são incinerados e armazenados debaixo de lonas gigantes, em uma estrada local. 

Kawauchi é uma "aldeia modelo", segundo a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) e o governo japonês. Lá, os dejetos são armazenados e emitem baixa radiação para pessoas que passam pelo caminho. 

Para transformar o local, em menos de um ano, os projetos financiados pelo governo foram avaliados em cerca de R$ 31 bilhões (10 bilhões de euros), só para a descontaminação dos solos, casas e florestas. 

De acordo com a Nuclear News, a Kariokiba, uma outra importante vila, serve como local de armazenamento temporário, e está cheia de lixo. São cerca de 43 milhões de toneladas de lixo, cobertos com sacos plásticos de cores azul, preta ou cinza, de acordo com a escolha da cidade. 


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Metade de todo o lixo radiativo é de plantas. Há também terra contaminada, recolhida de pátios escolares e plantações, além de dejetos coletados das casas ao redor. 


O governo japonês se comprometeu a eliminar definitivamente os resíduos a partir de janeiro de 2015, porém, ninguém acredita que isso seja possível em pouco tempo. O deputado e vice-diretor do Departamento de Restauração Ambiental de Fukushima, Ozawa, reconheceu o atraso das obras. 

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Ozawa ainda afirmou que foram obrigados e criar estratégias para definir a ação de descontaminação. "Nosso primeiro trabalho começou no verão de 2012 e mobilizou 17 mil pessoas, e as autoridades locais disseram que éramos muito lentos", disse.

No local de armazenamento em Kawauchi, Youichi Igari, de 40 anos, que trabalha para a descontaminação, admite que o governo não deve ser capaz de recuperar os resíduos no tempo prometido. 

Além das dificuldades em eliminar os dejetos, o governo local enfrenta um grande regresso das populações. Cerca de 130 mil pessoas estão deslocadas e mais da metade delas é de Fukushima. A migração em massa aconteceu depois do acidente nuclear em 2011, em Fukushima. 

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