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Jogo argentino sobre Malvinas apresenta ingleses como "terroristas"

Fernando Llorente, porta-voz da empresa que desenvolveu o jogo, admitiu que a nova versão "é uma postura política"

Internacional|Do R7

No jogo, que está disponível há poucos dias, os argentinos são "policiais" e os britânicos "terroristas"
No jogo, que está disponível há poucos dias, os argentinos são "policiais" e os britânicos "terroristas" No jogo, que está disponível há poucos dias, os argentinos são "policiais" e os britânicos "terroristas"

Uma empresa de computação argentina desenvolveu, sem intenção de "faltar com respeito", uma versão do jogo clássico Counter Strike na qual policiais argentinos lutam contra "terroristas" ingleses pelo controle das Ilhas Malvinas.

Fernando Llorente, o porta-voz da Dattatec, empresa que desenvolveu o jogo, admitiu nesta terça-feira (26) que "é uma postura política". Destacando que o fato de que os argentinos sejam "policiais" e os britânicos "terroristas" é algo "normal, já que nos jogos bélicos há sempre um grupo terrorista e um antiterrorista".

Llorente destacou também que, como parte da "postura" assumida pela Dattatec, no jogo não aparecem bandeiras inglesas, "só argentinas".

O porta-voz também afirmou que a companhia "não espera gerar polêmica e nem faltar com respeito a ninguém", mas "honrar a façanha e os mortos" na guerra de 1982.

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A versão argentina do Counter Strike, disponível há poucos dias, foi desenvolvida em cerca de dois meses e é pensada para ser jogada de forma simultânea por duas equipes de oito jogadores.

— Os integrantes do grupo argentino fazem parte dos policiais e começam a partida dentro do Cemitério Argentino, enquanto na zona portuária, os ingleses têm sua base em Puerto Argentino e fazem parte da equipe denominada terroristas.

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Em 1982, a Argentina se envolveu em uma guerra com o Reino Unido "para recuperar a soberania de suas ilhas Malvinas", algo que é possível ler na tela do jogo, onde aparecem recriados os lugares mais emblemáticos do arquipélago do Atlântico Sul, como a catedral de Port Stanley, o hotel Malvina House e o cemitério de Darwin, acompanhados pelo cartaz "As Malvinas são argentinas".

A tensão entre Argentina e Reino Unido piorou neste mês, depois que os malvinenses votaram maciçamente a favor de permanecer sob jurisdição britânica em um referendo não aprovado pelas Nações Unidas e que foi rejeitado pela presidente argentina, Cristina Kirchner, que o definiu como uma "paródia".

A Guerra das Malvinas foi iniciada em abril de 1982 com o desembarque de tropas argentinas no arquipélago e terminou em junho desse ano com a rendição perante as forças enviadas pelo Reino Unido.

Na ocasião, morreram 255 britânicos, três ilhéus e 649 argentinos.

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