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Líder turco desafia manifestantes e diz que parque em Istambul será urbanizado

Mudanças no parque Giza foram o estopim para a onda de protestos contra o premiê Recep Tayyip Erdogan

Internacional|

Manifestantes se reúnem hoje em volta de uma fogueira na praça Taksim, em Istambul
Manifestantes se reúnem hoje em volta de uma fogueira na praça Taksim, em Istambul Manifestantes se reúnem hoje em volta de uma fogueira na praça Taksim, em Istambul

O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, deu a entender nesta quinta-feira (6) que não vai retroceder em seus planos urbanísticos sobre Istambul, que originaram os protestos maciços na Turquia que já duram uma semana. Para o mandatário, entre os manifestantes há "condenados por atos de terrorismo".

"Os cidadãos que têm uma responsabilidade na proteção do meio ambiente têm que saber que algumas [pessoas que participam dos protestos] estão condenadas por atos de terrorismo", disse Erdogan em entrevista coletiva em Túnis, onde conclui hoje uma viagem ao norte da África.

Na madrugada da sexta-feira passada, a polícia retirou quem protestava contra uma remodelação urbanística que prevê a construção de um centro comercial em um dos parques de Istambul, o que desencadeou protestos que se estenderam por todo o país e que causaram três mortos e 4.000 feridos.

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Em um pronunciamento à imprensa, Erdogan disse que alguns dos manifestantes são fichados por ataques à embaixada americana, em relação ao atentado no dia 1º de fevereiro em Ancara por um grupo de extrema esquerda.

— Nosso serviço secreto os conhece.

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O primeiro-ministro turco insistiu na defesa do projeto e sugeriu que não voltará atrás da decisão tomada para a intervenção urbanística no parque.

— Estamos tentando mudar o país, que progrida, mas não falei de organizar um referendo para aprovar as mudanças no parque.

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Além disso, Erdogan declarou que o objetivo dessas reformas é "melhorar o lugar e conservar e proteger as ruínas históricas e o patrimônio".

Erdogan também negou a possibilidade de abrir um diálogo com os manifestantes e ressaltou: "Não podemos concretizar nada com as pessoas que provocam incêndios".

— Já declarei que peço perdão pelo uso excessivo de gás lacrimogêneo, mas não existe nenhum país que não os utilize".

Para Erdogan, "as pessoas que queiram se manifestar tem que se adaptar aos locais para isso e às necessidades desses lugares".

Além disso, Erdogan quis defender a política ecológica de seu governo ao indicar que foi promovida a semeadura de milhares de árvores.

— Há três anos [o governo] está aplicando uma política meio ambiental que também está ajudando no desenvolvimento da economia.

Pressão por desculpas

A polícia turca voltou a entrar em confronto com manifestantes durante a noite antes de o primeiro-ministro Tayyip Erdogan retornar de uma visita ao norte da África.

Erdogan enfrentará a exigência dos manifestantes de que ele peça desculpas pela repressão policial durante seis dias de protestos, quando três pessoas foram mortas e mais de 4.000 ficaram feridas em mais de dez cidades, e que demita quem ordenou o uso da força.

A polícia de choque usou gás lacrimogêneo na quarta-feira à noite contra centenas de manifestantes que atiravam pedras e gritavam slogans contra Erdogan, no centro da capital, Ancara, disseram testemunhas.

Na província de Tunceli, várias centenas de manifestantes armaram uma barricada de rua e também apedrejaram policiais, que responderam com canhões de água. Istambul, onde os confrontos têm sido mais pesados, teve uma noite tranquila.

A polícia, apoiada por veículos blindados, tem entrado em choque com os manifestantes todas as noites, enquanto milhares de pessoas se concentram pacificamente nos últimos dias na praça Taksim, em Istambul, onde os protestos começaram.

Um policial que caiu de uma ponte no sul da cidade de Adana, enquanto perseguia manifestantes, morreu em consequência dos ferimentos, informaram emissoras de TV turcas. É a terceira morte nos protestos.

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