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Manifestações recomeçam com novas mortes no Egito 

Protestos enfrentam forte esquema de repressão policial

Internacional|, com R7

A Irmandade Muçulmana convocou seus partidários a irem às ruas nesta "sexta-feira da raiva"
A Irmandade Muçulmana convocou seus partidários a irem às ruas nesta "sexta-feira da raiva" A Irmandade Muçulmana convocou seus partidários a irem às ruas nesta "sexta-feira da raiva" (-/AFP)

Os partidários do presidente islamita destituído Mohamed Mursi iniciaram os protestos marcados para esta sexta-feira (16) em diversas partes do Egito, apesar da forte repressão policial. Os confrontos desta que é chamada de "sexta-feira da raiva" já deixaram pelo menos cinco mortos — quatro manifestantes islamitas e um policial —, dois dias após as batalhas que mataram cerca de 600 pessoas.

Quatro defensores de Mursi morreram hoje em confrontos com as forças de segurança na localidade de Ismailiya, ao sul do Canal de Suez. No Cairo, um policial morreu em uma emboscada por um pistoleiro, segundo as forças de segurança.

Na cidade de Tanta, norte do país, as forças de segurança usaram gás lacrimogênio e balas de borracha para evitar que os partidários de Mursi se aproximassem de um prédio do governo.

Os tanques do Exército fecharam os principais acessos ao Cairo, onde a polícia e os soldados estão autorizados a atirar com balas reais. Segundo a Agência Efe pôde constatar, a tensão é alta nas principais ruas da capital, onde os islamitas se concentraram em várias mesquitas após a reza do meio-dia. 

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"O ambiente era desumano, havia cadáveres por todos os lados", conta voluntária da Cruz Vermelha

A comunidade internacional teme outro dia de violência no país, onde na quarta-feira (14) a violenta desocupação de dois acampamentos de simpatizantes de Mursi, derrubado pelo Exército em 3 de julho, e os posteriores confrontos deixaram 578 mortos, segundo o Ministério da Saúde. A Irmandade Muçulmana cita 2.200 mortos e mais de 10 mil feridos, no dia mais violento no Egito desde a queda de Hosni Mubarak em fevereiro de 2011.

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A "sexta-feira da raiva" provoca inquietação na Europa, onde o presidente francês, François Hollande, terá reuniões por telefone com a chanceler alemã, Angela Merkel, e com o primeiro-ministro britânico, David Cameron.

Alvos de ataques, cristãos relatam violência e perseguição no Egito

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As autoridades egípcias, designadas pelo Exército, autorizaram a polícia a abrir fogo contra os manifestantes que atacarem bens públicos ou as forças de segurança.

"As manifestações contra o golpe de Estado sairão de todas as mesquitas do Cairo e seguirão para a praça Ramsés após a oração por uma 'sexta-feira da raiva'", afirmou o porta-voz da Irmandade Muçulmana, Gehad El Haddad.

Laila Musa, porta-voz da coalizão pró-Mursi contra o "golpe de Estado", anunciou manifestações em todo o país. Musa informou que simpatizantes de Mursi, incluindo dois ex-parlamentares, foram detidos antes dos protestos.

O movimento Tamarrod, que organizou as gigantescas manifestações que provocaram a destituição de Mursi, pediu aos egípcios que criem "comitês populares" para defender o país contra o que chama de "terrorismo" da Irmandade Muçulmana.

As autoridades decretaram estado de emergência por um mês e estabeleceram um toque de recolher no país entre 19h (14h de Brasília) e 6h (1h).

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