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Manifestantes na Ucrânia erguem mais barricadas e tomam prédio do governo

Presidente ucraniano anuncia mudança no governo e promete aliviar leis antiprotestos

Internacional|Do R7

Manifestante gesticula sobre uma barricada em Kiev
Manifestante gesticula sobre uma barricada em Kiev Manifestante gesticula sobre uma barricada em Kiev

Manifestantes ucranianos levantaram mais barricadas nas ruas e ocuparam o prédio de um ministério nesta sexta-feira (24), o que elevou ainda mais a tensão no país. Após a fracassada reunião de ontem entre oposição e governo, o presidente Viktor Yanukovich prometeu hoje que fará mudanças, como aliviar a recente lei que pune manifestantes.

Em resposta aos apelos da oposição, cerca de mil manifestantes deixaram a praça da Independência, na capital Kiev, nas primeiras horas desta sexta-feira e começaram a levantar novas barricadas perto da sede presidencial.

Com máscaras e alguns carregando escudos policiais como troféus, os manifestantes montaram guarda enquanto outros empilhavam sacos de areia cobertos de neve ao longo de vias próximas à praça.

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O líder da oposição Vitaly Klitschko, depois de participar de uma segunda rodada de negociações com Yanukovich que terminou sem acordo na noite de quinta-feira (23), expressou temores de que o impasse agora possa levar a novo derramamento de sangue.

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Ao menos três manifestantes foram mortos até agora, dois feridos a bala, depois de confrontos entre manifestantes liderados por radicais e policiais.

"Horas de conversas foram gastas para nada. Não há sentido em sentar e conversar à mesa de negociações com alguém que já está decidido a enganar", disse Klitschko.

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Novas promessas

Apesar do fracasso nas negociações de ontem, o presidente Yanukovitch anunciou hoje uma reforma do governo e a introdução de emendas nas controvertidas leis sobre as manifestações. As mudanças, no entanto, serão definidas em uma sessão extraordinária do parlamento prevista para a próxima semana.

O chefe de Estado, que fez o anúncio depois de se reunir com o comissário europeu de Ampliação, Stefan Füle, também advertiu que empregará todos os meios legais à sua disposição, caso não encontre uma solução para a crise aberta com a oposição.

"Tomamos uma decisão durante esta sessão: o presidente assinará um decreto e nós iremos reformar o governo para formar uma equipe governamental mais profissional", declarou Yanukovitch durante um encontro com líderes religiosos.

Sobre as leis votadas na semana passada e que entraram em vigor na quarta-feira, que reforçam as sanções contra os manifestantes, o presidente anunciou: "Nós iremos adotar modificação destas leis e iremos resolver este problema".

O texto em questão prevê penas de prisão de 15 dias para aqueles que instalarem tendas em locais públicos, e até 5 anos de prisão para as pessoas que bloquearem prédios oficiais.

A nova lei foi denunciada pelos países ocidentais e provocou uma radicalização do movimento de contestação, nascido há dois meses após a recusa do governo em assinar um acordo com a UE em benefício de uma aproximação com Moscou.

Yanukovitch também confirmou sua intenção de libertar os militantes detidos nas manifestações, como prometeu ontem aos líderes da oposição, mas lançou uma advertência aos manifestantes em caso de impossibilidade de encontrar um acordo político.

— Se tudo se passar bem, melhor. Se não, nós iremos adotar todos os meios legais.

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