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Manifestantes queimam Congresso estadual em protesto por estudantes no México

Jovens mexicanos anunciam caravana nacional pelos 43 colegas desaparecidos

Internacional|Do R7, com agências internacionais

Homens tentam apagar o fogo provocado por manifestantes no Congresso estadual
Homens tentam apagar o fogo provocado por manifestantes no Congresso estadual

Manifestantes incendiaram na quarta-feira (12) o Congresso do Estado mexicano de Guerrero e alguns veículos, em protesto pelo suposto massacre de 43 estudantes por policiais corruptos e membros de um cartel de drogas.

A violência também atingiu outras áreas do país. No Estado de Chiapas, manifestantes queimaram uma guarita de pedágio, enquanto outros destruíram o escritório local do Partido Revolucionário Institucional (PRI) na cidade de Morelia.

Em Chilpancingo, capital de Guerrero, integrantes de um sindicato de professores incendiaram o auditório de sessões do Congresso e queimaram vários carros, segundo testemunhas e meios locais.

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México confirma massacre de estudantes por polícia e gangue

No Estado de Michoacán, também um ponto de conflito com o narcotráfico, estudantes bloquearam a entrada principal do aeroporto local, disse um porta-voz da polícia.


O Conselho Coordenador Empresarial (CCE) de Guerrero informou que os prejuízos causados pelos protestos foram superiores a 55 milhões de pesos (US$ 4 milhões). 

Os alunos da escola rural para professores, a mesma dos 43 estudantes que desapareceram em setembro, também anunciaram nesta quarta-feira (12) que farão uma caravana nacional de protesto e para informar a população sobre a situação no estado de Guerrero, no sul do México. 


O estudante Omar García informou em entrevista coletiva na Escola Normal Rural de Ayotzinapa que a caravana, que também contará com familiares dos desaparecidos e organizações civis, se dividirá a partir de amanhã em três contingentes distintos para percorrer os estados do norte e do sul do país, e o próprio estado de Guerrero.

Os três grupos se encontrarão na Cidade do México no dia 20 de novembro, data em que é lembrada a Revolução Mexicana, disse García. 

Apesar de a Procuradoria-Geral da República (PGR) ter anunciado que os estudantes foram assassinados, o movimento "43x43. Nem mais um desaparecido" considerou hoje que existe "a possibilidade de encontrar com vida os estudantes", ao se basear no relatório divulgado ontem pelos peritos argentinos que foram contratados pelos familiares. 

A Equipe Argentina de Antropologia Forense afirmou ontem que as análises feitas nos cerca de 30 corpos, encontrados em valas clandestinas na cidade Iguala, determinaram que os restos não são dos estudantes desaparecidos.

"É uma luz de esperança para os parentes e para todo o México", opinou José Alcaraz, dirigente deste movimento que realizou uma marcha de Iguala à Cidade do México em solidariedade aos estudantes desaparecidos. 

O caso dos estudantes tem tumultuado o governo do presidente Enrique Peña Nieto, do PRI, que assumiu o poder em dezembro de 2012 prometendo controlar a violência herdada de seu antecessor Felipe Calderón.

O promotor federal Jesús Murillo disse que as investigações indicam que os alunos de magistério da humilde escola rural de Ayotzinapa, no Estado de Guerrero, teriam sido assassinados e seus restos queimados.

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