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"Modelo brasileiro de erradicação da fome" é usado em outros países, diz representante da FAO no Brasil

Um relatório mostrou que o país reduziu a fome e a desnutrição de forma expressiva

Internacional|Do R7*

Pela primeira vez, em anos, o Brasil não faz mais parte do mapa da fome
Pela primeira vez, em anos, o Brasil não faz mais parte do mapa da fome

Pela primeira vez em mais de 20 anos, uma análise anual da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) deixou o Brasil de fora da mapa da fome mundial. 

Com o destaque, Alan Bojanic, representante da FAO no Brasil, disse ao R7 que o País tem sido usado como exemplo em outros continentes. "Existe o que chamamos de 'modelo brasileiro de erradicação da fome', diz. 

No relatório de Insegurança Alimentar no Mundo de 2014, divulgado no fim de setembro, a organização publicou que o Brasil reduziu de forma expressiva a fome, a desnutrição e subalimentação nos últimos anos. 

Para Bojanic, a notícia é de se comemorar. Ele explica que o País tem menos do que 5% de sua população em situação de subalimentação, e que isso é resultado de uma série de políticas sociais e movimentação econômica.


Para ele, saber que o Brasil deixou o mapa da fome é "uma das melhores coisas que poderia ter acontecido", principalmente porque a FAO pode usar o País como "um exemplo para outros continentes". 

Agricultura familiar é uma das chaves para a erradicação da pobreza, diz diretor da FAO no Brasil


De acordo com o relatório do estado da segurança alimentar e nutricional no Brasil, o conjuno de medidas sociais com o Fome Zero e o Bolsa Família dizeram diferença na última década, quando o País começou a investir na luta contra os índices de fome.

A ONU levantou outros exemplos além do Brasil, como a Bolívia, Indonésia, Madagascar, Haiti, que também vivem novos momentos e que apresentam novas estratégias no combate à fome e à pobreza, mesmo diante de situações graves. 


América Latina avançou no combate à fome, mas piorou em obesidade, diz FAO

Para Bonajic, os índices mudaram por causa do envolvimento de governantes e sociedade.

"Os programas de fortalecimento de agricultura familiar, os programas de aquisição de alimentos, de articulação entre alimentação escolar e agricultura são os mais importantes, quando associados aos programas de transferência de renda, de proteção social e geração de emprego contribuem para que esse objetivo seja atingido", diz Bonajic. 

Nesta quinta-feira (16), a ONU também chamou a atenção do mundo para a força da agricultura familiar, que de acordo com a FAO, pode ser uma das chaves para a erradicação da pobreza. 

Bonajic parabenizou o Brasil pelo novo status e incentivou novas medidas para que continue sua luta contra à fome, principalmente porque existem pessoas que ainda passam por necessidades. 

* Bruna Vichi, estagiária do R7

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