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Netanyahu e Abbas mantêm há anos um canal secreto de diálogo

Internacional|

Jerusalém, 26 dez (EFE).- O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente palestino, Mahmoud Abbas, têm há anos um canal secreto de diálogo por meio de um empresário palestino que reside em Londres. Esta via alternativa de comunicação foi estabelecida quando Netanyahu chegou ao poder em 2009, informou nesta quinta-feira o jornal israelense "Yedioth Ahronoth", ressaltando que perdeu força desde que as partes começaram a falar diretamente, em julho passado, ao redor da mesa de negociações. Segundo o jornal, nos últimos anos o assessor e homem de confiança de Netanyahu, o advogado Itzjak Moljo, costumava viajar de vez em quando a Londres para abordar questões de interesse mútuo com um interlocutor palestino e homem de confiança do presidente Abbas. Este tipo de canal informal de diálogo - conhecido no jargão diplomático como "backchannel"- serviu para resolver problemas que preocupavam ambas partes e teve grande importância na legislatura anterior de Netanyahu. "Tinha três objetivos: resolver problemas diários no terreno, abrir caminho para um possível acordo político, e convencer a outra parte do interesse em retomar as negociações de paz", segundo o "Yedioth". O interlocutor palestino poderia ser Basel Akel, um empresário palestino radicado em Londres e homem de confiança de Abbas, mas apenas uma das fontes consultadas pelo jornal pôde identificá-lo. Ainda segundo o jornal israelense, até poucos meses atrás Netanyahu manteve sob o mais absoluto segredo a existência dessa conexão com Abbas, mas após voltar à mesa de negociações com os palestinos há cinco meses o revelou aos membros mais destacados da equipe negociadora israelense. Oficialmente, as conversas de paz são dirigidas pela ministra da Justiça, Tzipi Livni, embora Moljo a acompanhe em todas e cada uma das reuniões em representação do primeiro-ministro. O jornal não revela a frequência dos encontros através deste canal secreto de conversas, mas afirma que sua importância estratégica era limitada, porque só a forte pressão do secretário de Estado americano, John Kerry, conseguiu reativar as negociações de paz. EFE elb/rsd

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