Noite de protestos na Argentina termina com confusão, incêndio e manifestantes feridos
Manifestação começou diante de presença da ex-presidente Cristina Kirchner
Internacional|Do R7

A província de Santa Cruz, na Argentina, viveu momentos de tensão na noite da última sexta-feira (21) quando população se reuniu em protesto na capital Río Gallegos em frente à casa da governadora Alicia Kirscher. Os manifestantes se juntaram depois de cirular nas redes sociais uma mensagem dizendo que a ex-presidente argentina Cristina Kirchner — e cunhada de Alicia — se encontrava na residência.
A manifestação começou por volta das 21h no horário local contra a grave crise financeira que atinge a província de Santa Cruz. Os protestantes, em sua maioria funcionários públicos, reivindicavam pagamentos de salários atrasados relativos ao mês de março com cartazes colados nas portas da residência e panelaço. Houve ateamento de fogo em alguns pontos e a multidão avançou sobre as grades que protegiam a casa.
De acordo com informações do jornal Clarín, oficiais do corpo de bombeiros e das forças de segurança chegaram por volta das 23h e reprimiram os protestos com gás lacrimogênio e balas de borracha. Três pessoas teriam ficado feridas depois de vários minutos de enfrentamento e confusão.
Na madrugada, a hashtag #CFKAtrincherada — expressão para "Cristina Fernández de Kirchner entrincheirada" — atingiu o primeiro lugar nos Trending Topics do Twitter na Argentina e a segunda posição no ranking mundial.
Situação semelhante ocorreu cerca de 18 dias atrás, quando a governadora Alicia Kirscher tentou sair da residência oficial durante a madrugada diante de vários protestantes que bloqueavam as ruas da região. Eles reivindicavam o pagamento dos salários referentes ao mês de fevereiro. À ocasião, Alicia alegou que a província estaria "quebrada" e precisaria de uma renegociação da dívida provincial pelo governo nacional para sanar os pagamentos atrasados.
Leia mais:
Oposição da Venezuela convoca novos protestos contra Maduro no sábado
"Para Maduro, não existe hipótese de saída honrosa", diz especialista











