Obama inicia hoje campanha em favor da reforma migratória
Presidente quer dar cidadania para os 11 milhões de imigrantes ilegais que existem nos EUA
Internacional|Do R7
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, discursará nesta terça-feira (29) em Las Vegas, no Estado de Nevada, para iniciar sua campanha em favor de uma reforma migratória integral, com o objetivo de envolver os cidadãos nessa causa.
Obama considera fundamental "falar" com os cidadãos e assegurar-se de que "entendem para onde vamos e por quê. E isso é o que pretende fazer amanhã", disse em sua entrevista coletiva diária o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
A ocasião marcará a primeira viagem de Obama para fora de Washington e o seu primeiro discurso após sua segunda posse presidencial, há uma semana, o que evidencia que a reforma migratória é uma das prioridades do seu novo mandato.
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Nevada é um dos Estados onde mais cresceu nos últimos anos a população latina, que reivindica há muito tempo a reforma migratória prometida por Obama em 2008, em sua primeira campanha eleitoral para a Casa Branca.
Entre 2008 e novembro do ano passado, o eleitorado latino em Nevada passou de 15% para 18% do total do Estado, e nas duas últimas eleições deu o seu apoio majoritário a Obama.
Nesta segunda-feira, três senadores democratas e dois republicanos apresentaram o marco inicial para uma reforma migratória que incluirá o caminho à cidadania para a maioria dos 11 milhões de imigrantes ilegais que vivem nos EUA, muitos deles hispânicos.
Em entrevista coletiva conjunta, o democrata Charles Schumer disse que espera que o Senado tenha um projeto de lei pactuado até março, para que a reforma migratória possa ser votada pelo plenário dessa Casa no final do primeiro semestre ou no começo do segundo.
O marco pactuado por oito senadores dos dois partidos contempla uma via "dura mas justa" para a legalização de imigrantes ilegais, com atenção especial ao fortalecimento da segurança fronteiriça.
Além disso, propõe uma reforma do sistema de vistos para responder às necessidades do mercado de trabalho e um método de verificação de empregos "eficaz" para impedir a contratação de trabalhadores imigrantes ilegais.
Também se dará preferência à situação daqueles que chegaram aos EUA quando crianças e cresceram e foram educados no país, assim como à dos trabalhadores do setor agrícola e de criação de gado.
De acordo com o porta-voz da Casa Branca, em todo o país se está desenvolvendo um "consenso" em favor da reforma migratória, que é "bipartidário" e está acontecendo "porque o presidente demonstrou uma liderança significativa nesse tema".
Sem apontar se Obama compartilha ponto por ponto o acordo apresentado pelos senadores nesta segunda-feira e também sem dar detalhes sobre seu discurso em Las Vegas, Carney sustentou que o plano do líder pode ser encontrado no site da Casa Branca e recolhe os princípios que vem defendendo há muito tempo.
O plano de Obama pede um caminho rumo à cidadania para os 11 milhões de imigrantes ilegais que existem nos EUA, algo visto por alguns republicanos como uma anistia e ao que se opõem.
Além disso, a iniciativa do líder inclui o reforço da segurança nas fronteiras e punição para empregadores que contratem imigrantes ilegais.
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