Pelo quarto dia seguido, manifestantes fazem barricadas nas ruas de Istambul e polícia reage com brutalidade

Violentos confrontos ocorreram nesta sexta-feira (31), pelo quarto dia consecutivo, em Istambul, na Praça Taksim, entre a polícia e centenas de manifestantes contrários a destruição do Parque Gezi, pulmão verde do centro europeu da cidade do Bósforo.

Na madrugada de hoje as forças polícias turcas atacaram os manifestantes que estavam acampados no parque durante a noite para impedir o começo das obras, que previam a destruição das 600 arvores do parque.

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Os agentes usaram gás lacrimogêneo e canhões de água. A prefeitura de Istambul, controlada pelo partido Justiça e Desenvolvimento (AKP, na sigla em turco) do primeiro-ministro Recip Tayyip Erdogan, decidiu destruir o parque para construir na região um shopping e outros prédios.

A Câmara Médica de Istambul informou que pelo menos 100 pessoas sofreram ferimentos. A ONG Anistia Internacional se declarou preocupada com o que descreveu como "o uso excessivo de força" por parte da polícia contra o que começou como um protesto pacífico.

Segundo a imprensa turca os confrontos deixaram diversos feridos entre os manifestantes. Entre eles estaria o deputado turco do Partido para a Paz e Democracia (BDP, na sigla em turco), Sirri Sureyya Onder, que se transformou em um símbolo do protesto.

O jornal local Zaman denuncia que a especulação imobiliária em Istambul está deixando a cidade "inabitável". Os confrontos em Istambul estariam se transformando em um protesto contra o chefe do governo turco.

O principal partido da oposição, o Partido Republicano do Povo (CHP, na sigla em turco), pediu aos seus deputados de presidir o parque em defesa dos manifestantes. 

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