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Polícia venezuelana impede manifestação e estudantes convocam novos protestos

Manifestantes enfrentam a polícia nas ruas da capital Caracas 

Internacional|Do R7

Segundo informações, manifestantes foram presos no local
Segundo informações, manifestantes foram presos no local

A Polícia Nacional Bolivariana (PNB) e a Guarda Nacional (GNB, Polícia Militar) impediram que nesta segunda-feira (12) várias centenas de manifestantes marchassem por Caracas, enquanto membros do movimento de manifestantes exigiram a libertação dos detidos e convocaram novos protestos.

Como foi habitual nas últimas semanas, as autoridades colocaram um dispositivo policial ao redor da Praça Brión, um limite do Distrito Capital de Caracas com o município Chacao, que impediu o trânsito da manifestação, convocada por um grupo identificado como Movimento Estudantil.

Após a proibição da marcha, ocorreram enfrentamentos entre grupos de jovens encapuzados e os agentes policiais, que responderam com gases e realizaram várias detenções que não foram informadas oficialmente.

Na mesma hora, dirigentes estudantis, liderados por Juan Requesens, um dos líderes do movimento que iniciou os protestos contra o governo de Nicolás Maduro há três meses, exigiam a liberdade dos detidos na semana passada em uma batida em quatro acampamentos em Caracas.


"Nós vamos seguir na rua por estes novos companheiros detidos e todos os que são vítimas do abuso de poder por parte do governo nacional", disse Requesens, presidente da Federação de Centros Universitários da Universidade Central da Venezuela (UCV).

Em 8 de maio, quatro acampamentos instalados em Caracas que mantinham um protesto contra o governo foram desmantelados e 243 pessoas detidas, das quais 11 permanecem detidas e o resto foi libertado com medidas cautelares substitutas à prisão.


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"O movimento estudantil terá uma nova agenda", acrescentou o líder estudantil ao convocar uma nova manifestação para a próxima quarta-feira (14) que irá desde a Praça Brión até a Procuradoria venezuelana em Caracas.

"Exigimos a libertação imediata de nossos estudantes, de todos sem exceção alguma", exigiu, por sua parte, a reitora da UCV e presidente da Associação de Reitores da Venezuela, Cecilia García Arocha, que compareceu na entrevista coletiva junto a Requesens.

Nas últimas semanas, o governo reiterou que não permitirá manifestações por Caracas, município em mãos do chavismo, alegando que são violentas.

A Corte Suprema de Justiça (TSJ) emitiu em 24 de abril uma polêmica decisão interpretando o artigo da Constituição que prevê a liberdade de manifestação e estabelecendo que esse direito deve ser exercido obtendo uma autorização das autoridades administrativa local.

Os protestos ocorreram durante os últimos trêses meses em sua maior parte de maneira pacífica, embora incidentes violentos deixaram um saldo de 42 mortos e mais de 800 feridos.

O governo e a oposição estabeleceram há um mês uma mesa de diálogo para tentar encontrar uma saída à crise suscitada pelos protestos. Esse diálogo conta com bons olhos da União de Nações Sul-americanas (Unasul) e o Vaticano, que esteve representado nas conversas através do núncio em Caracas, Aldo Giordano.

Maduro chamou reiteradamente os estudantes para que se somem a essa iniciativa, embora estes rejeitaram sua incorporação alegando que antes devem ser cumpridas uma série de exigências como a libertação dos detidos.

"O governo com sua repressão, com sua atitude, com o uso das instituições judiciais para a perseguição, pelo contrário mostra essa displicência por achar a olução do conflito", disse hoje Requesens.

Desde o início das reuniões, os estudantes apresentaram uma folha de condições que inclui a libertação dos estudantes detidos, a cessação da "criminalização" dos protestos, a renovação dos poderes públicos, entre outros. 

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