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Políticos chineses proíbem até pombos 


A medida quer evitar que mensagens subversivas atrapalhem o 18º Congresso do PCC

Internacional|Do R7

Chineses estão proibidos de soltar pombas em Pequim durante o importante encontro político que ocorre na cidade
Chineses estão proibidos de soltar pombas em Pequim durante o importante encontro político que ocorre na cidade Chineses estão proibidos de soltar pombas em Pequim durante o importante encontro político que ocorre na cidade (RICHARD VOGEL/ASSOCIATED PRESS)

O governo de Pequim, capital chinesa, está empenhado em garantir que o 18º Congresso do PCC (Partido Comunista da China) não tenha nenhum problema político ao longo da semana de encontros e negociações que estão programadas para decidir o futuro do país. Para garantir toda a tranquilidade e reforçar a segurança contra protestos, a cidade proibiu a venda de aviões por controle remoto de brinquedo, apontadores de lápis e vetou qualquer cidadão de soltar pombas.

As estranhas restrições da administração da cidade foram noticiadas pela mídia internacional como exemplo da paranoia autoritária dos políticos chineses. A agência AP relatou que as medidas “parecem bastante bizarras”, o jornal inglês The Guardian descreveu algumas regras como “estranhas”, e a rede de televisão norte-americana CNN disse que “de certa forma, o PCC está pedindo para toda a nação chinesa segure a respiração até o final do congresso”.

Além das tradicionais ações como maior controle nos aeroportos, intensificação da vigilância sobre os meios de comunicação – o Google foi bloqueado no país pelas autoridades nesta sexta-feira (9)-, o reforço do policiamento nas ruas e o impedimento total das manifestações públicas, as autoridades chinesas extrapolaram e estenderam o controle aos mínimos e inusitados detalhes.

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A lista de estranhas precauções exigidas pelos agentes de segurança incluem: a proibição de soltar pombas, o controle da venda de facas [inclusive as de cozinha], apontadores de lápis, aviõezinhos e helicópteros de controle remoto.

As taxistas, por sua vez, foram instruídos a não permitir que o passageiro em viagem abra a janela do carro, principalmente nas redondezas dos locais onde ocorre a maior parte das atividades do congresso. Os motoristas também foram orientados a vigiar qualquer um com balões ou bolinhas de ping-pong, pois estes objetos podem carregar mensagens reacionárias contra o governo.

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O estado de atenção irá até o fim do encontro político que deverá indicar os novos dirigentes do país pelos próximos dez anos. Enquanto isso, será difícil encontrar uma nova faca de cozinha ou comprar um aviãozinho de natal para a criançada na capital chinesa.

18º Congresso do PCC

Em Pequim, estão reunidos, deste quinta-feira (8), os 2.270 principais delegados do partido comunista, ao longo de uma semana eles decidirão os objetivos do governo que será criado e anunciarão os novos dirigentes responsáveis pela condução da segunda economia do mundo por uma década.

A China é uma ditadura conduzida há 63 anos pelo PCC (Partido Comunista da China), o único partido legal em vigor. Esta poderosa organização política possui um pouco mais de 82 milhões de filiados entre os 1,3 de chineses, e sofre constantes pressões internas e externas para abrir o regime considerado autoritário. 

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