Premiê da Malásia afirma que voo MH-370 "terminou" no sul do oceano Índico
Avião teria desaparecido em uma região distante de qualquer aeroporto
Internacional|Do R7, com agências internacionais
O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, afirmou nesta segunda-feira (24) durante uma entrevista coletiva ocorrida às 22h (horário local, 11h em Brasília) que o voo da Malaysia Airlines teria "terminado" no sul do oceano Índico.
De acordo com o premiê, o avião teria caído no oceano distante de qualquer aeroporto. A afirmação foi feita com base nas análises técnicas dos dados disponíveis.
"É, portanto, com profunda tristeza e pesar que devo informá-los que, de acordo com novos dados, o voo MH-370 caiu no Oceano Índico", afirmou Najib, citando novas informações proporcionadas por satélites.
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"A Malaysia Airlines lamenta com pesar que temos de presumir, além de qualquer dúvida razoável, que o voo MH-370 se perdeu e que não há sobreviventes entre os que estavam a bordo", afirma a mensagem de texto enviada aos familiares.
Desta forma, a companhia aérea, Malaysia Airlines, confirmou às famílias dos passageiros e da tripulação que não há sobrevivente na queda do voo MH-370. Razak pediu a mídia que respeite a dor dos afetados pela notícia.
O premiê afirmou ainda que novas informações serão divulgadas na terça-feira (25).
As buscas continuam
Uma aeronave militar da China que participa das buscas pelo avião malaio desaparecido há mais de duas semanas localizou nesta segunda-feira objetos flutuantes "suspeitos" nos remotos mares ao largo da Austrália, elevando as esperanças de que o Boeing seja encontrado logo.
No fim de semana, tripulantes australianos já haviam avistado um pallet de madeira e cintos de segurança numa área do gélido sul do Índico, que foi identificada depois de satélites terem registrado imagens dos possíveis destroços.
O voo MH-370 sumiu dos radares civis menos de uma hora depois de decolar de Kuala Lumpur para Pequim com 239 pessoas a bordo, em 8 de março. Nos últimos dias, as buscas vêm se deslocando para o sul do Índico, a milhares de quilômetros da rota original.
O avião militar chinês identificou dois objetos flutuantes "relativamente grandes" e vários outros menores, brancos, dispersos por uma área de vários quilômetros quadrados, segundo a agência de notícias Xinhua.
Mas a China reagiu com cautela ao achado. "No momento, ainda não podemos confirmar se os objetos flutuantes estão vinculados ao avião desaparecido", disse Hong Lei, porta-voz da chancelaria, em Pequim.
A Austrália disse que um avião da Marinha que vasculha a área na segunda-feira não localizou esses objetos.
A China despachou seu quebra-gelo Xuelong ("dragão do mar") para a área onde os destroços foram vistos. Uma flotilha de outras embarcações chinesas também está rumando para o sul, devendo chegar à área na terça-feira.
Mais de 150 passageiros a bordo do avião são chineses.
Em mais um sinal de que as buscas podem estar dando resultados, a Marinha dos Estados Unidos está levando seu avançado detector de caixas-pretas para a região. Há grande pressa para detectar as caixas-pretas do MH370, pois o feixe sinalizador que ele emite se extingue após 30 dias.
O equipamento norte-americano, que viaja lentamente, a reboque de uma embarcação, é capaz de detectar a sinalização de uma caixa-preta que esteja a até 20 mil pés (6.096 metros).