O Quênia e o Gabão incineraram 105 toneladas de marfim queniano no Parque Nacional de Nairobi neste sábado (30). O volume corresponde à maior quantidade de “ouro branco” já queimada até hoje.
Durante a cerimônia, o presidênte queniano, Uhuru Kenyattam, disse que "ninguém vai comercializar marfim se esse comércio for sinônimo de morte dos nossos elefantes e morte para o nosso patrimônio natural”.
Nesta sexta-feira (29), o presidente do Quênia e conservacionistas disseram que o futuro dos elefantes e rinocerontes da África depende da capacidade das nações do continente de lutarem juntas contra a caça ilegal.
A decisão de queimar as toneladas de marfim apreendidas no sábado foi uma forma para demostrar comprometimento com a ação. Com isso, eles pretendem enviar a mensagem de que o valor real das presas está nos animais vivos, que atraem turistas para as savanas e florestas onde manadas inteiras foram dizimadas.
Estimados em 1,2 milhão nos anos 1970, o número de elefantes na África diminuiu para cerca de 400 mil. A caça ilegal ultrapassou 30 mil animais por ano entre 2010 e 2012, o que ameaça extingui-los em algumas regiões africanas. O futuro dos rinocerontes, que atualmente são menos de 30 mil, promete ser ainda mais sombrio se a caça ilegal não for detida.