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Reino Unido confirma uso de gás sarin na Síria e amplia pressão sobre Assad

Anúncio foi feito um dia após a França também apontar o uso do armamento químico no conflito

Internacional|Do R7

Militar do governo hasteia bandeira na entrada da cidade de Qusair, retomada hoje pelo Exército
Militar do governo hasteia bandeira na entrada da cidade de Qusair, retomada hoje pelo Exército

O governo do Reino Unido afirmou nesta quarta-feira (5) que as análises de mostras procedentes da Síria para saber se continham gás sarin deram resultado "positivo" e que "muito provavelmente" o agente foi utilizado pelo regime do presidente Bashar al Assad.

"Há um crescente conjunto de informação limitada, mas convincente, que mostra que o regime usa — e continua usando — armas químicas, incluindo sarin", afirmou uma fonte da chancelaria britânica.

"Recebemos mostras fisiológicas procedentes da Síria que foram examinadas. O material deu positivo para sarin", disse a fonte.

— A possibilidade de duvidar está ficando cada vez menor. Isto é extremamente preocupante. Usar armas químicas é um crime de guerra. Assad tem que conceder acesso imediato e ilimitado à equipe de investigação da ONU.


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O anúncio do governo britânico ocorre um dia após a França também confirmar que o governo sírio usou gás sarin contra rebeldes.


A declaração foi feita pelo ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, durante entrevista ao canal de TV local France 2.

Segundo ele, testes de laboratório confirmaram indícios do uso da substância no país árabe, colhidas em locais ainda não revelados. O anúncio ocorreu dias depois de repórteres do jornal francês Le Monde terem contrabandeado da Síria amostras de sangue e urina em que se supunha existir vestígios do gás.

O sarin — gás tóxico que afeta o sistema nervoso — teria sido usado inúmeras vezes, acrescentou Fabius. O chanceler francês pediu punição àqueles que usaram as armas químicas, mas não especificou onde e quando o agente foi empregado.

A Casa Branca, por outro lado, afirmou que mais provas são necessárias. Fabius não descartou uma ação armada no país, cujo alvo seria "os locais onde o gás é armazenado". Segundo ele, "todas as opções estão (neste momento) sobre a mesa".

Os anúncios de França e Reino Unido aumentam a pressão internacional sobre o presidente sírio Bashar al Assad, que, há dois anos e meio, enfrenta uma revolta popular que se converteu em conflito armado. Segundo as Nações Unidas, mais de 80 mil pessoas já morreram nesse período.

Com essas acusações, cresce a possibilidade de uma intervenção internacional na Síria.

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