O Ministério da Defesa russo confirmou nesta segunda-feira (29) uma ofensiva do Exército ucraniano contra as regiões do sul que fazem fronteira com a Crimeia — anexada pela Rússia —, um avanço no qual supostamente morreram mais de 500 soldados da Ucrânia.
"Como resultado da defesa ativa das forças russas, as unidades do Exército ucraniano sofreram baixas pesadas. As perdas do inimigo chegaram a mais de 560 soldados", disse o porta-voz da Defesa russo, general Igor Konashenkov, no tradicional relatório noturno.
Konashenkov detalhou que a ofensiva ocorreu em três direções e se concentrou nas áreas ocupadas pelas tropas russas nas regiões de Kherson e Mykolaiv. "Durante os combates foram destruídos 26 tanques ucranianos, 23 veículos de infantaria e nove veículos blindados de outras classes. Dois caças Su-25 também foram abatidos", explicou.
Segundo o militar, a nova ofensiva ucraniana, a qual disse ter sido ordenada pelo presidente Volodmir Zelenski, fracassou "miseravelmente".
"As Forças Armadas Ucranianas lançaram ações ofensivas em muitas frentes no sul", informou Nataliya Humenyuk, chefe do centro de imprensa para a coordenação conjunta das forças de defesa do sul da Ucrânia, segundo o portal Ukrainska Pravda.
A porta-voz militar ressaltou que "os armazéns com munições foram destruídos, as concentrações de equipamento militar foram destruídas e as instalações de defesa aérea foram destruídas, e tudo isto enfraqueceu definitivamente o inimigo".
O grupo tático-operacional Kakhovka do Exército afirmou que o 109º regimento da autoproclamada República de Donetsk "se retirou das suas posições na região de Kherson e os paraquedistas russos, que os apoiavam, abandonaram o campo de batalha".
A administração pró-russa de Novaya Khakhovka, uma cidade em Kherson, ordenou nesta segunda-feira a evacuação dos habitantes para abrigos antiaéreos devido aos contínuos ataques de mísseis ucranianos.