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Sequestro de nigerianas deixa escolas vazias e pais divididos entre a educação e a segurança de seus filhos

Caso ataques continuem, futuro dos jovens no país pode ser comprometido

Internacional|Do R7

Mais de 200 estudantes foram sequestradas; a maioria permanece nas mãos dos radicais
Mais de 200 estudantes foram sequestradas; a maioria permanece nas mãos dos radicais

É o início do segundo semestre nas escolas públicas da Nigéria e os alunos deveriam estar voltando de férias. Mas esse não é o cenário visto em grande parte do Estado de Borno, onde as salas de aula continuam vazias.

O local é reduto do Boko Haram, grupo radial islâmico sequestrou mais de 200 meninas de dentro de uma escola internato na cidade de Chibok, em meados de abril.

Desde então, os olhos do mundo se voltaram para o nordeste nigeriano.

Além de raptar as estudantes, o Boko Haram também feriu um dos maiores orgulhos de Chibok ao incendiar o prédio da escola secundária para meninas, deixando carbonizadas as paredes das salas de aula, a biblioteca e os laboratórios de ciência.


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Daniel Muvia, um morador da cidade que testemunhou o ataque, diz que está com muito medo de levar suas filhas para a escola. Desde o sequestro, ele conta que manteve as meninas em casa por segurança.

— Eu não me sinto bem por elas estarem em casa, mas também não tenho confiança de mandá-las para a escola, por causa dos ataques.


O dilema de Muvia é o de quase todos os pais em Chibok, que estão divididos entre a educação dos filhos e segurança da família. Todos se sentem muito vulneráveis.

Muvia afirma que não poderia se perdoar caso deixasse que as filhas fossem a escola e algo parecido acontecesse a elas.

Segundo analistas, se os ataques do Boko Haram a escolas continuarem, os níveis de analfabetismo irão aumentar significativamente, comprometendo ainda mais o futuro dos jovens da Nigéria.

A rede americana CNN entrevistou uma das meninas que conseguiu escapar do Boko Haram. Embora queira voltar à escola, ela ainda está muito assustada.

— Se for [para estudar] em Chibok, eu nunca vou voltar.

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