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Sobe para três o número de mortos em protestos na Turquia

Mais de 2 mil pessoas ficaram feridas nos confrontos 

Internacional|Ansa

Abdullah Comert era militante da seção juvenil do Partido Republicano do Povo (CHP na sigla em turco), o principal partido da oposição
Abdullah Comert era militante da seção juvenil do Partido Republicano do Povo (CHP na sigla em turco), o principal partido da oposição

Um jovem turco de 22 anos, Abdullah Comert, morreu nesta terça-feira (4) no hospital após ter ficado ferido nos confrontos em Hatay, cidade localizada na região no sul da Turquia, próxima à fronteira com a Síria. Com a morte de Comert sobe para três o número de vítimas nos tumultos na Turquia, começados há uma semana em defesa do Parque Gezi, pulmão verde de Istambul, da construção de um shopping center.

Colmert, militante da seção juvenil do Partido Republicano do Povo (CHP na sigla em turco), o principal partido da oposição. Os outros dois manifestantes mortos foram um jovem atropelado por um carro que se chocou com um grupo de manifestantes no último domingo (2) em Istambul e um outro jovem que foi baleado na cabeça e que permanece em estado de morte cerebral em Ancara.

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Segundo a ONG britânica Anistia Internacional, mais de 2 mil pessoas ficaram feridas em várias cidades da Turquia por causa dos canhões de água e dos gás lacrimogêneos utilizados pela policia turca contra os manifestantes, que teriam sido utilizados até no ingresso do Pronto Socorro da Praça Taksim.


Segundo a Associação Medica Turca, cerca de 1,5 mil pessoas ficaram feridas em Istambul, 414 em Ancara e 420 em Smirne. O vice-primeiro-ministro turco, Bulent Arinc, informou que 224 policiais e 64 manifestantes ficaram feridos nos últimos dias.

Respondendo as perguntas em uma coletiva de imprensa - substituindo o chefe de Governo Recep Tayyip Erdogan que está em visita oficial no Marrocos - Arinc afirmou que a polícia turca "fez o seu trabalho" e sofreu "provocações por parte de organizações ilegais", acusando o CHP de estar por trás dos tumultos.


Entretanto, o político também pediu desculpas para as "vítimas das violências" no Parque Gezi, já que os primeiros protestos da semana passada "eram justos e legítimos" e "em defesa do ambiente". Arinc anunciou que irá encontrar os representantes das associações que se mobilizaram em defesa do parque.

O ACNUDH (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos) expressou preocupação para o "uso excessivo da força por agentes policiais contra os manifestantes'' e pediu ao governo turco a realização de uma investigação "imediata, completa, independente e imparcial", que leve os culpados em frente a justiça.

O ministro das Relações Exteriores da Itália, Emma Bonino, declarou "confiar que a Turquia irá superar esse momento difícil, confirmando de ser uma democracia madura". A chanceler italiana afirmou "acreditar profundamente na perspectiva européia da Turquia e em seu papel fundamental como fator de estabilidade e de segurança em escala regional". 

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