Suécia deve reconhecer a Palestina como Estado independente
Anúncio foi feito hoje pelo primeiro-ministro, Stefan Löfven, durante comunicado do governo
Internacional|Wellington Calasans, especial para o R7, em Estocolmo
No seu primeiro dia como primeiro-ministro da Suécia, Stefan Löfven (do partido Social-Democrata) comunicou oficialmente que a Palestina será reconhecida, pela Suécia, como um Estado independente.
A atitude da Suécia em relação à questão Palestina tem sido desde há muito uma pauta delicada. Em 2012, o então ministro das Relações Exteriores, Carl Bildt, disse na ONU que os suecos não votariam favoravelmente para que a Palestina fosse reconhecida como um Estado independente.
Naquela oportunidade, a afirmação de Bildt foi imediatamente atacada pela oposição. Entre outras manifestações de repúdio, o Partido Verde chamou de incompreensível a linha do governo dos Moderados, derrotado nas eleições de 14 de setembro deste ano.
Agora, o novo ministro Stefan Löfven decidiu que a Suécia vai reconhecer a Palestina como um Estado independente.
— O conflito entre Israel e Palestina só pode ser resolvido com uma solução de dois Estados, decretou Löfven.
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Além de reconhecer a Palestina como Estado independente, o comunicado do Governo afirma também que a Suécia não deverá aderir à NATO.
Outra sugestão prática anunciada foi a de estabelecer um centro nacional de pesquisas sobre o racismo.
— A Suécia deve garantir os direitos das minorias. O racismo deve ser desencorajado nas escolas, disse Stefan Löfven.
O partido Democratas da Suécia, de extrema-direita, obteve 12,8% dos votos nas últimas eleições e é atualmente o terceiro maior do país. As posições duras deste partido contra os imigrantes tem sido o tema mais debatido entre suecos nas últimas semanas.