As autoridades suíças foram surpreendidas pelo resultado de um referendo que limitou a imigração no país e, agora, estão receosos pelo resultado da próxima votação, no dia 18 de maio, que pode transformar a Suíça no país com maior salário mínimo do mundo, cerca de R$ 55 (US$ 25) por hora.
De acordo com o jornal The Huffington Post, uma recente pesquisa de opinião feita no país mostrou que 64% dos eleitores rejeitam a proposta feita por um sindicato apoiado por partidos socialistas.
O sistema político vigente no país é a democracia direta e a participação popular em decisões sociais, políticas e econômicas é frequente.
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Em fevereiro de 2014, suíços votaram contra a migração para países da União Europeia, maior parceiro comercial do país, apesar de o governo avisar que a medida prejudicaria a economia.
A Secretaria de Estado da Economia diz que o salário mínimo proposto seria o mais alto do mundo, mesmo quando ajustado ao poder de compra na Suíça, afirma o jornal.
Atualmente, o país não possui um salário mínimo abrangente e o pagamento é determinado por contratos individuais de trabalho ou através de acordos coletivos.
O salário mínimo proposto corresponderia a um salário mensal de 4 mil francos (moeda local), cerca de dois terços do salário médio da Suíça em 2012. Na Alemanha, por exemplo, o salário mínimo planejado é cerca de R$ 30 (US$ 11,83).
O governo se opõe ao projeto e já advertiu que poderia fechar postos de trabalho, tornando mais difícil a busca por emprego. Porém, os defensores da proposta afirmam que ele ajudaria a suavizar as desigualdades salariais e garantiria boas condições de sobrevivência dos trabalhadores.
O sindicato responsável pela proposta afirma que a soma de todos os salários só subiria 0,4% se a iniciativa fosse aceita.