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Turquia chama resolução da Eurocâmara sobre genocídio armênio de "ridícula"

País reconhece, porém, que a deportação da população armênia à Síria em causou mortes

Internacional|

A resolução da Eurocâmara que pede à Turquia o reconhecimento do genocídio armênio é "ridícula" e pode prejudicar o diálogo entre Ancara (capital do país) e a União Europeia, afirmou uma nota do Ministério de Relações Exteriores da Turquia divulgada nesta quinta-feira (16) pela emissora local "NTV".

A resolução, aprovada ontem à noite pelo plenário do parlamento Europeu, "é ridícula e reproduz literalmente os clichês da propaganda da Armênia contra a Turquia", critica o comunicado.

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"O parlamento exibe uma postura seletiva e unilateral aos fatos de 1915, contrários aos seus próprios valores, e que pode prejudicar as relações entre a Turquia e a União Europeia, além de estar longe de trazer uma solução para a questão", destaca a diplomacia turca.

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"Não levamos a sério que esse texto foi aceito. Ele massacra a história e os nossos direitos", assinala o documento, destacando que a resolução repete os erros de não "concordar com o direito internacional da época e ultrapassar a jurisdição" do parlamento europeu.

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O vice-primeiro-ministro da Turquia, Yalçin Akdogan, também reagiu à resolução através de uma mensagem publicada em seu perfil na rede social Twitter. "Não se pode levar a sério esse palavreado. Se o parlamento Europeu fosse sábio, deixaria as tolices históricas e se ocuparia do que ocorre hoje em dia", afirmou.

Ontem, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, tinha antecipado que o país não tomaria nenhuma atitude sobre a reunião da Eurocâmara destinada à análise do genocídio armênio.

A Turquia reconhece que a decisão das autoridades de deportarem a população armênia à Síria em 1915 causou 500 mil mortes, através de epidemias, fome e conflitos, mas nega taxativamente que esses fatos se configuram como um genocídio.

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