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Turquia prende 54 pessoas por desabamento de prédios após terremotos

O ministro da Justiça turco, Bekir Bozdag, disse que, no total, 245 suspeitos estão sendo investigados

Internacional|

Só na Turquia, mais de 6.000 prédios foram destruídos no terremoto
Só na Turquia, mais de 6.000 prédios foram destruídos no terremoto Só na Turquia, mais de 6.000 prédios foram destruídos no terremoto

O sistema judicial da Turquia ordenou a prisão preventiva de 54 pessoas como parte de uma investigação que busca esclarecer as responsabilidades pelo desabamento de edifícios provocado pelos terremotos que devastaram o sudeste do país no último dia 6, informou nesta sexta-feira (17) a imprensa local.

O ministro da Justiça turco, Bekir Bozdag, disse que, no total, 245 suspeitos estão sendo investigados, dos quais 54 foram detidos, 47, libertados sob controle judicial, e 27, detidos provisoriamente.

Bozdag prometeu que a Justiça agiria de forma exaustiva contra os possíveis responsáveis pelos desabamentos.

O ministro de Urbanismo, Murat Kurum, anunciou hoje que, após a análise de 684 mil edifícios nas áreas afetadas, 84 mil foram desmoronados ou seriamente danificados e devem ser demolidos com urgência.

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Uma lista publicada pelo jornal digital Diken mostra que a maioria dos detidos é de empresários da construção civil e empreiteiros, mas também há arquitetos, engenheiros, diretores técnicos e encarregados das obras afetadas.

Entre os detidos também estão os proprietários e administradores dos prédios desabados, que estão sendo investigados por supostamente terem permitido modificações posteriores na estrutura.

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Já nos terremotos de Van, de 2011, e de Izmir, de 2020, vários desabamentos foram atribuídos ao fato de que os proprietários de lojas ou supermercados localizados no porão de um prédio residencial haviam removido paredes de suporte para expandir o espaço disponível.

Agora, numerosos usuários de redes sociais denunciam que muitos dos edifícios que ruíram no terremoto também abrigavam supermercados ou bancos no subsolo, onde supostamente teriam sido demolidas paredes portantes.

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Mas a oposição aponta o próprio governo como responsável por ter contribuído para esse fenômeno, ao ter lançado, em 2018, uma grande campanha de legalização de edifícios construídos de forma ilegal ou que careciam de algumas licenças.

Um panfleto oficial do Ministério de Urbanismo explica que essa medida pretendia acabar com os problemas dos residentes em edifícios muitas vezes habitados durante anos mas que, por essas moradias não serem legais, não podiam ter acesso a água ou eletricidade nem fazer uma hipoteca.

A lei, aprovada semanas antes das eleições gerais de junho de 2018, afetou cerca de 7 milhões de prédios, 5 milhões deles residenciais, em toda a Turquia.

A apenas alguns meses para as próximas eleições, previstas para maio ou junho, uma nova lei com conteúdo similar está em discussão no Parlamento, de acordo com a imprensa turca

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