União Europeia impõe embargo de armas à República Centro-Africana
O bloco estuda organizar em 2014 um missão ao país
Internacional|Agência Brasil
A UE (União Europeia) proibiu nesta segunda-feira (23) a exportação de armas e assistência financeira e técnica a mercenários armados da República Centro-Africana, em cumprimento a uma resolução adotada este mês pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. No último dia 5, o conselho da ONU autorizou a intervenção militar da França e de uma força africana com objetivo de restabelecer a ordem naquele país.
De acordo com o Conselho da União Europeia, a decisão inclui certas exceções para equipamentos militares destinados exclusivamente às missões para a Consolidação da Paz na República Centro-Africana Consolidação e em Apoio à República Centro-Africana e para as tropas francesas instaladas no país.
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Na última cúpula europeia, os líderes concordaram que os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 28 países da UE estudassem em janeiro as opções para uma missão do bloco na República Centro-Africana.
Nas próximas semanas, a alta representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Catherine Ashton, vai preparar uma proposta, vista como uma resposta à demanda por maior solidariedade feita pela França, que mandou 1,6 mil soldados para o país africano, em apoio às tropas locais que procuram restabelecer a ordem político-militar.
O governo francês já recebe apoio logístico de vários parceiros, mas o presidente François Hollande entende que a transformação de uma missão operacional sob bandeira europeia permitiria o acesso ao financiamento comum.
Atualmente, Alemanha, Reino Unido, Bélgica, Polônia, Espanha e Holanda têm fornecido à missão francesa aviões de transporte, enquanto a maioria dos estados-membros dá apoio político à operação.
A crise na República Centro-Africana começou em março, quando a capital foi tomada pelos rebeldes Séléka, que assumiram o poder. Quem comanda o governo rebelde é o líder Michel Djotodia.