Logo R7.com
RecordPlus

Adolescentes desenvolvem robô com inteligência artificial em BH

Prototipo de alunos do Cefet responde a comandos de computador e move blocos

Minas Gerais|Do R7

  • Google News
Gustavo Carvalho (à dir) e os colegas apresentam nova versão do robô
Gustavo Carvalho (à dir) e os colegas apresentam nova versão do robô
Professor Vicente Parreiras com os alunos na Semana de Ciência e Tecnologia
Professor Vicente Parreiras com os alunos na Semana de Ciência e Tecnologia

"O cérebro eletrônico faz tudo, faz quase tudo". A música de Gilberto Gil já adiantava o desenvolvimento dos robôs, mas alertava que eles só seriam possíveis por causa da ação humana. É o que ocorre no laboratório de Pesquisa, Leitura e Cognição do Cefet (Centro Federal de Educação Tecnológica), onde jovens do ensino médio técnico desenvolvem um robô com inteligência artificial com o propósito de entender a linguagem humana.

Nesta fase de testes, o Robot LPLC ainda não entende comandos de voz, mas é já é capaz de mover blocos quando recebe ordens digitadas no computador. São cerca de 25 alunos envolvidos, entre bolsistas de iniciação cietífica e pequisadores.


Leia mais notícias de Minas Gerais no Portal R7

O estudante Gustavo Santos Carvalho, 17 anos, do curso técnico em eletrônica, lidera a equipe de hardware. Ele ajudou a montar a nova versão do robô com a ajuda de tios e do avô, que são engenheiros. O LPLC 2013 teve a base de madeira trocada por acrílico, ganhou nova parte eletrônica e garras eletromagnéticas.


— É um projeto inovador que contribui enormemente com nossa formação técnica. Por causa do projeto, tive contato com a parte prática antes de muitos colegas que não lidavam com pesquisa, é como viver os três anos de curso em seis meses. Agora quero fazer engenharia de automação para dar continuidade ao trabalho.

O desenvolvimento do projeto começou há 20 anos, segundo o professor Vicente Aguimar Parreiras, a partir da tese de doutorado do americano Terry Winograd, apresentada em 1973. Os alunos do Cefet desenvolveram o robô que Winograd foi capaz de prever há 40 anos, mas não possuía tecnologia para montar.


— Ficamos 15 anos desenvolvendo o protótipo, agora conseguimos produzir o robô físico. É um braço robótico que é capaz de fazer movimentos a partir de comandos de teclado. Quando resolvermos algumas ambiguidades com a inteligência artificial, ele vai ser capaz de obedecer [a comandos de voz].

O professor compara a construção do robô com as máquinas capazes de vencer humanos em jogos de xadrez.

— Os programadores começaram com jogo da velha, depois jogos de damas. O xadrez tem tantas possibilidades que ainda não é possível cercar todas, por isso o homem ainda consegue ganhar da máquina. A aplicação prática é imensa. Por exemplo, nos últimos anos a qualidade do Google tradutor aumentou imensamente, porque os bancos de dados são mais extensos. É esse o tipo de solução robótica que buscamos.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.