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Auditoria mostra rombo de R$ 7,2 bilhões em Minas Gerais

Fernando Pimentel apresentou resultado de pente-fino feita nas contas de Minas

Minas Gerais|Enzo Menezes, do R7

Governador pediu "compreensão" ao funcionalismo
Governador pediu "compreensão" ao funcionalismo

O governador Fernando Pimentel (PT) apresentou nesta segunda-feira (6) os dados da auditoria feita nas contas do Governo de Minas. Em coletiva na Cidade Administrativa, o petista afirmou que a situação "é crítica".

O Estado tem, atualmente, um rombo de R$ 7,2 bilhões no orçamento.

— Não é procurar culpados nem jogar pedra no passado, mas corrigir o que tem que ser feito. A situação do Estado é crítica, grave. É decorrente de uma ausência clara de gestão. Os exemplos são abundantes.

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Segundo Pimentel, em 2010 Antonio Anastasia (PSDB) assumiu Minas Gerais com o orçamento “no azul”: o Estado tinha R$ 600 milhões de crédito. Em 2014, o déficit chegou a R$ 2,2 bilhões.


— Vai ser um ano duro para arrumar a casa. Vamos precisar da compreensão do funcionalismo.

Déficit zero


O secretário de Estado da Fazenda, José Afonso Bicalho, informou que "nunca houve déficit zero" nas contas de Minas.

— A dívida cresceu constantemente. Os dados mostram deterioração ao longo do tempo. É logico que esse é um peso muito grande e esse aumento da dívida mostra esse desequilíbrio. Quando o Estado renegociou a dívida, ele devia R$ 15 bilhões. Depois de ter pago R$ 34 bilhões ele ainda deve R$ 70 bilhões. Isso ocorre por causa da taxa de juros. O que se tem visto são resíduos que não são pagos e são incorporados.

O Estado chegou ao final de 2014 com uma dívida consolidada de R$ 94 bilhões. A maior parte do valor, cerca de 98%, referem-se a contratos de empréstimos com bancos estrangeiros e públicos, instituições de fomento e, principalmente, ao endividamento estadual com a União.

Os outros 2% provêm de obrigações com institutos previdenciários, como os pagamentos de pensões e aposentadorias.

Segurança

Dados do Mapa da Violência, estudo nacional sobre assassinatos, mostram que, entre 2002 e 2012, o número de homicídios registrados em todo o Estado saltou de 2.977 para 4.535. O crescimento, de 52%, é quatro vezes maior que a média do País, de 13%.

De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social, entre 2010 e 2013, o número de crimes considerados violentos foi de 50 mil para 88 mil, um aumento de 74%.

Conforme o atual governo, um dos motivos para a escalada da violência foi a falta de investimentos na Polícia Civil. Atualmente, a corporação tem um contingente de 9.500 agentes. O ideal seria quase o dobro.

A auditoria mostra que também faltam carros em bom estado e cerca de 300 veículos precisam ser trocados, além de delegacias e departamentos de investigação, que precisam ser construídos. No total, há 92 obras paradas ou que precisam ser iniciadas para melhorar a estrutura da instituição.

Aécio rebate informações

Pelo Facebook, o senador e ex-governador Aécio Neves (PSDB) subiu o tom ao afirmar que "é lamentável assistir ao espetáculo protagonizado, hoje, pelo governo de Minas". O senador afirmou que Pimentel "concentra suas energias em tentar destruir o trabalho realizado com amor, dedicação e eficiência por uma equipe formada por milhares de mineiros" e que "é uma pena que o interesse político menor tenha falado mais alto que os verdadeiros interesses do nosso Estado".

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