Os bens da família do senador Zezé Perrella foram bloqueados pela Justiça. A liminar concedida é referente ao crime de improbidade administrativa.
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A Justiça também determinou a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico da família para dar suporte à investigação do Ministério Público sobre o desvio de R$ 14 milhões dos cofres do Estado em contratos firmados entre a empresa da família Perrella, Limeira Agropecuária e Participações, e a Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais).
Além do senador, são réus da ação seu filho, o deputado estadual Gustavo Perrella (SDD), o irmão, Geraldo de Oliveira Costa, o filho de Costa, André Almeida Costa, e dois ex-dirigentes da Epamig, Baldonedo Arthur Napoleão e Antônio Lima Bandeira. Todos tiveram os sigilos quebrados com autorização da Justiça.
De acordo com a denúncia, a autarquia fechou contratos com a Limeira entre 2007 e 2011 para a produção de grãos para o programa Minas Sem Fome.
Em nota, a Epamig afirma que o contrato firmado com a Limeira Agropecuária "atendeu às exigências legais", já que não é necessária licitação para casos de "transferência de tecnologia e licenciamento de direito de uso ou de exploração de criação protegida". O contrato com a empresa, segundo a Epamig, foi encerrado em 2011. Ainda de acordo com a empresa, a contratação seguiu acordo de cooperação técnica entre a Embrapa, Epamig, UFLA (Universidade Federal de Lavras) e UFV (Universidade Federal de Viçosa) e estabelecia "a obtenção de novas variedades de feijão no Estado de Minas Gerais, bem como atividades de pesquisa, registro, proteção, produção e comercialização exclusiva pela Epamig de sementes básicas". Ainda conforme a Epamig, não há contratos vigentes entre a empresa e a Limeira Agropecuária.
Os parlamentares e responsáveis pela Limeira Agropecuária foram procurados, mas não foram encontrados por meio das respectivas assessorias.