A Prefeitura de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, registrou nesta terça-feira (18) a primeira morte por chikungunya no município. A vítima morreu há um mês, no dia 17 de março.
Segundo o Executivo Municipal, a vítima tinha 44 anos e é da região do bairro Nacional. Ela começou a sentir os sintomas da doença uma semana antes da morte, no dia 10 de março.
"Era um paciente que tinha, a princípio, um diagnóstico de Monkeypox (Varíola dos Macacos) e que a conclusão dos exames confirmou chikungunya", contou o superintendente de vigilância em Saúde, José Renato Resende Costa.
A cidade já confirmou até agora 428 casos de dengue e 377 de chikungunya. O crescimento das doenças preocupa as autoridades sanitárias municipais.
"Grande parte da população não teve contato com esse vírus e, realmente, neste momento, os casos de chikungunya vem nos preocupando bastante. É uma doença que pode cronificar, ou seja, a pessoa pode ter sequelas da doença durante dois anos", alega o superintendente.
A cidade havia declarado situação de emergência em saúde pública por conta da alta no número de casos das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, no dia 20 de março. A medida vale por 120 dias.
Mutirão de limpeza
Pela preocupação em relação ao aumento de casos, a prefeitura começou, nesta quarta-feira (19), um mutirão de limpeza para tentar conter a proliferação do Aedes aegypti. Mais de 6.000 imóveis serão limpos nos bairros Nacional e Vargem das Flores, apontados pela Prefeitura como os que mais têm registrado novos casos das doenças.
Móveis velhos, embalagens, brinquedos e todo tipo de entulho que poderiam virar criadouro serão recolhidos. Os moradores são informados do dia em que o caminhão vai passar para colocar os materiais para fora.
De fevereiro até agora, já foram recolhidas cerca de 170 toneladas de entulho em Contagem, 39 só na região do bairro Nacional.