A Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais), responsável pelo abastecimento de água em Belo Horizonte, informou que bairros mais altos da cidade apresentam interrupção no abastecimento de alguns bairros por causa da falta de chuva.
Segundo a companhia, "devido à estiagem, ao calor intenso e ao alto consumo de água, os reservatórios que abastecem as partes altas desses bairros baixaram de nível e estão demorando a recuperar, causando intermitência no abastecimento". Conforme a empresa, é necessário economizar água "para agilizar o restabelecimento do abastecimento para os moradores das partes altas e distantes".
Os reservatórios dos rios onde se produz a água distribuída em Belo Horizonte passam por dificuldade. Quem tentou abrir as torneiras na última semana em quase 300 bairros da capital mineira, durante períodos diferentes do dia, se deparou com a caixa vazia - o problema demorou até seis dias para ser resolvido em bairros mais altos pela lentidão de recuperação do sistema. A Copasa culpa atos de vandalismo pelo problema e descarta racionamento, apesar de admitir baixas nos reservatórios.
Relatório da Arsae/MG, agência reguladora estadual do serviço de abastecimento, divulgado pelo jornal O Tempo, mostra que a Copasa ainda desperdiça 35% da água entre a produção e a torneira do consumidor, enquanto o ideal seria uma perda de até 20%.
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Os sistemas de produção de água da Copasa operam na capacidade máxima neste mês de outubro. A companhia descarta racionamento, realidade que já atinge uma dezena de cidades no interior. Segundo a Copasa, "no momento, não há risco de desabastecimento na RMBH", apesar dos sistemas Paraopeba e Rio das Velhas operaram com 30% e 50% a menos que o esperado para esta época do ano, respectivamente.
egundo a Copasa, o problema foi provocado no dia 8 de outubro, quando foram destruídos cabos de energia nas proximidades do sistema Bela Fama, no rio das Velhas, em Nova Lima. Quem não tem caixa d´água para armazenamento relatou falta de água até o dia 14 de outubro, como a comerciante Sheila Mara Estevam Faccio, 47, que trabalha no bairro Floresta.
— Não teve água quinta (9) e sexta (10) o dia todo. Na segunda (13) acabou à tarde, e na terça (14) ficamos sem água no fim da tarde. Tivemos um prejuízo e tanto, já que não tinha condições de fazer um suco para os clientes. Os funcionários não tinham água para ir ao banheiro.
Em Santa Luzia, na região metropolitana, moradores do bairro Baronesa relatam como vivem há 15 dias sem água: