Um deslizamento de terra soterrou seis pessoas dentro de casa e matou pelo menos quatro na zona rural de Sardoá, no Vale do Rio Doce. Foram confirmadas as mortes de duas crianças e três adultos - uma mulher e dois homens. Uma pessoa continua desaparecida.
Uma plantação de eucalipto localizada em um terreno íngreme ao lado da casa cedeu por causa das fortes chuvas que atingem a região desde o fim de semana. A terra deslizou e as árvores cobriram a casa.
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O secretário de Administração e Governo, Marcos Reis, ajuda na localização de sobreviventes.
— Todos estão ajudando para encontrar sobreviventes, mas há risco até para quem trabalha no resgate. Onde tira um pedaço de terra, o barranco cai e deixa o corpo coberto de lama até o joelho. Na lateral da casa há uma plantação de eucalipto. A chuva molhou muito o terreno e provocou o deslizamento da terra sobre a casa.
O secretário afirma ter visto o corpo de uma mulher e de um rapaz serem retirados sem vida sob os escombros. Os nomes das vítimas ainda não foram divulgados.
Rinaldo Firmino, da secretaria de Assistência Social, também ajudou no resgate.
— Tentavam tirar duas crianças soterradas, mas a terra desceu novamente e interrompeu o trabalho. A gente torce, mas é difícil encontrar alguém vivo.
Pelo menos quarenta pessoas ajudam no resgate, entre bombeiros, policiais e voluntários. A região enfrenta fortes chuvas nesta semana. Somente hoje, O Corpo de Bombeiros em Governador Valadares recebeu cerca de 50 chamados sobre riscos de deslizamento e alagamento.
Nota do governador
O governador Antonio Anastasia divulgou nesta tarde nota lamentando a tragédia em Sardoá. "Transmito, em nome de todos os mineiros, minhas condolências e meu mais profundo pesar pela morte dos cidadãos que foram vítimas do deslizamento de terra em Sardoá. Que seus familiares e amigos encontrem paz e consolo após este triste acontecimento. O Governo do Estado de Minas Gerais se compromete a realizar a devida apuração das circunstâncias do acidente e a prestar a assistência necessária às famílias envolvidas.”
Uma equipe de 15 militares especializada em soterramentos se desloca de Belo Horizonte para Sardoá. Os bombeiros seguem por terra, já que não há condições para pouso de aeronaves. A força-tarefa tem auxílio da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, peritos da Polícia Civil de Guanhães e Polícia Militar de Sardoá.
Até o momento, A Defesa Civil confirmou duas mortes no período chuvoso 2013/2014. O trabalhador rural Romário Rocha Cazarim, de 21 anos, morreu eletrocutado por um raio em Astolfo Dutra no dia 4 de dezembro. No dia seguinte, em Caratinga, Vale do Rio Doce, uma menina de 12 anos morreu vítima de um desabamento.