Sem muita opção de saída, os 200 manifestantes que participam do protesto contra a Copa do Mundo na praça Sete, no centro de Belo Horizonte, neste sábado (14), decidiram ficar no local. Eles foram surpreendidos por uma ação da Polícia Militar, que cercou o principal cruzamento da capital mineira.
Sentados entre as avenidas Amazonas e Afonso Pena, os participantes fizeram uma assembleia. Um dos representantes do Copac (Comitê dos Atingidos pela Copa) afirmou que o objetivo é permanecer na praça Sete enquanto a polícia estiver lá.
Os manifestantes tentaram contato com o Ministério Público pois estariam "sem o direito de se manifestar". O tentente-coronel Alberto Luiz, chefe da Assessoria da Comunicação da Polícia Militar, garantiu que "hoje, ninguém passa". Pelo menos 1.200 policiais estão no local
Prisões
Ao todo, dez pessoas foram presas na praça Sete. Entre os detidos, um estava com um coquetel molotov. O operador de sistemas Cleiton Marcos Martins, de 34 anos, foi preso por portar uma máscara. Durante a manhã, um morador de rua foi detido com uma faca. Todos foram levados para a sede da 6ª Companhia.
O ato conta com representantes do Copac (Comitê dos Atingidos pela Copa), Movimento Estudantil Popular Revolucionário, Tarifa Zero e do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil. Antes do início da manifestação, os militares fizeram uma limpa e recolheram pedras, garrafas e outros materiais que pudessem ser usados em atos de vandalismo.
Nessa sexta-feira (13), após os atos de vandalismoque ocorreram durante a abertura da Copa, o tenente-coronel, garantiu que a corporação vai mudar a estratégia de atuação contra as ações criminosas nas manifestações. O oficial afirmou que os policiais irão agir incisivamente contra os vândalos.
— A partir de sábado, nossas estratégias serão outras. Nós vamos atuar incisivamente, diretamente, pontualmente, cirurgicamente, para evitar isso [atos de vandalismo].
* Com Ana Carolina Gomes