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Detentos produzem tricô, origamis e até cadeiras de rodas em presídios de MG

Projetos oferecem trabalho e distração aos presos, que ganham remissão na pena

Minas Gerais|frmiguel

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Detentos do presídio Ariosvaldo Campos Pires, em Juiz de Fora, na Zona da Mata, ganharam os holofotes na última semana. Peças de tricô e crochê produzidas por eles foram destaque na São Paulo Fashion Week, durante o desfile da marca Iódice. O trabalho é resultado da parceria de cinco anos entre a unidade e a estilista Raquell Guimarães, dona da Doisélles. São 18 presos que atuam no projeto Flor de Lótus. Orgulhosa, Raquell afirma que o retorno é “maravilhoso” e conta que, ao contrário do que muita gente pensa, os participantes aprenderam rápido a dominar as agulhas. —Você pode chegar lá e ensiná-los a fazer qualquer coisa que eles vão aprender, a necessidade faz a ocasião
Longe das passarelas, as roupas são produzidas em um ateliê montado dentro da unidade prisional. Divididos em duas turmas, os presidiários fazem casacos, vestidos e ponchos em tricô, crochê e macramê, utilizando fios elaborados a partir de garrafas PET. A estilista ressalta que sua motivação é oferecer uma forma de ressocialização aos detentos. —A sociedade é quem mais ganha, porque vai ter um preso ressocializado. Sem dúvida esse é o maior impacto que o projeto tem, porque o que ressocializa não é a cadeia, não é ser privado do convívio social, é aprender a trabalhar
Ações como esta estão se tornando cada vez mais comuns nos presídios mineiros. Além de ocupar o tempo dos presidiários, o trabalho resulta em remissão da pena para os internos. No Ceresp (Centro de Remanejamento do Sistema Prisional) da mesma cidade, aproximadamente 50 presos atuam na produção de camisetas e impressão de estampas em silk-screen em um galpão de 150 m²
Em Betim, na Grande BH, é uma técnica milenar que entretém os presos: o origami, dobradura de papel que forma figuras sem cortes ou colagens, tem preenchido o tempo dos participantes do projeto Mãos Pela Paz. A arte deu outras oportunidades para os presidiários: na Virada Cultural de Belo Horizonte, em setembro, alguns deles tiveram a chance de ensinar a técnica para o público
Em São Sebastião do Paraíso, no sul do Estado, os detentos dão continuidade ao projeto idealizado pelo morador Júlio César de Oliveira, que faleceu no dia 17 de outubro. O intuito é conseguir cadeiras de rodas e de banho para pessoas carentes. Desde janeiro deste ano, os presos já entregaram 90 peças reformadas
Na mesma cidade, 30 internos da unidade produzem cerca de 180 calças jeans por dia. As peças são exportadas para o Chile, Argentina e Uruguai, além de distribuídas também no mercado nacional. Os presos operam 25 máquinas e executam diferentes funções na linha de montagem
Já em Itajubá, na mesma região, um galpão de 600 m² é o local de trabalho de cerca de 80 presidiários que vão produzir estruturas metálicas para as construções civil e pesada

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Detentos do presídio Ariosvaldo Campos Pires, em Juiz de Fora, na Zona da Mata, ganharam os holofotes na última semana. Peças de tricô e crochê produzidas por eles foram destaque na São Paulo Fashion Week, durante o desfile da marca Iódice. O trabalho é resultado da parceria de cinco anos entre a unidade e a estilista Raquell Guimarães, dona da Doisélles. São 18 presos que atuam no projeto Flor de Lótus. Orgulhosa, Raquell afirma que o retorno é “maravilhoso” e conta que, ao contrário do que muita gente pensa, os participantes aprenderam rápido a dominar as agulhas. —Você pode chegar lá e ensiná-los a fazer qualquer coisa que eles vão aprender, a necessidade faz a ocasião
Longe das passarelas, as roupas são produzidas em um ateliê montado dentro da unidade prisional. Divididos em duas turmas, os presidiários fazem casacos, vestidos e ponchos em tricô, crochê e macramê, utilizando fios elaborados a partir de garrafas PET. A estilista ressalta que sua motivação é oferecer uma forma de ressocialização aos detentos. —A sociedade é quem mais ganha, porque vai ter um preso ressocializado. Sem dúvida esse é o maior impacto que o projeto tem, porque o que ressocializa não é a cadeia, não é ser privado do convívio social, é aprender a trabalhar
Ações como esta estão se tornando cada vez mais comuns nos presídios mineiros. Além de ocupar o tempo dos presidiários, o trabalho resulta em remissão da pena para os internos. No Ceresp (Centro de Remanejamento do Sistema Prisional) da mesma cidade, aproximadamente 50 presos atuam na produção de camisetas e impressão de estampas em silk-screen em um galpão de 150 m²
Em Betim, na Grande BH, é uma técnica milenar que entretém os presos: o origami, dobradura de papel que forma figuras sem cortes ou colagens, tem preenchido o tempo dos participantes do projeto Mãos Pela Paz. A arte deu outras oportunidades para os presidiários: na Virada Cultural de Belo Horizonte, em setembro, alguns deles tiveram a chance de ensinar a técnica para o público
Em São Sebastião do Paraíso, no sul do Estado, os detentos dão continuidade ao projeto idealizado pelo morador Júlio César de Oliveira, que faleceu no dia 17 de outubro. O intuito é conseguir cadeiras de rodas e de banho para pessoas carentes. Desde janeiro deste ano, os presos já entregaram 90 peças reformadas
Na mesma cidade, 30 internos da unidade produzem cerca de 180 calças jeans por dia. As peças são exportadas para o Chile, Argentina e Uruguai, além de distribuídas também no mercado nacional. Os presos operam 25 máquinas e executam diferentes funções na linha de montagem
Já em Itajubá, na mesma região, um galpão de 600 m² é o local de trabalho de cerca de 80 presidiários que vão produzir estruturas metálicas para as construções civil e pesada

Detentos do presídio Ariosvaldo Campos Pires, em Juiz de Fora, na Zona da Mata, ganharam os holofotes na última semana. Peças de tricô e crochê produzidas por eles foram destaque na São Paulo Fashion Week, durante o desfile da marca Iódice. O trabalho é resultado da parceria de cinco anos entre a unidade e a estilista Raquell Guimarães, dona da Doisélles. São 18 presos que atuam no projeto Flor de Lótus. Orgulhosa, Raquell afirma que o retorno é “maravilhoso” e conta que, ao contrário do que muita gente pensa, os participantes aprenderam rápido a dominar as agulhas. —Você pode chegar lá e ensiná-los a fazer qualquer coisa que eles vão aprender, a necessidade faz a ocasião

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