Lavar carros ou regar plantas geram multas em cidades de MG castigadas pela seca

Falta d´água faz prefeituras a cancelarem aulas, implantarem rodízios e fiscalizarem população

Minas Gerais|Do R7

19/10/2014 - 01h15 (Atualizado em 20/04/2024 - 08h28)

Atitudes
como lavar o carro ou a calçada e até mesmo regar as plantas, além
de desperdiçarem grande quantidade de água, agora podem render
multas de até R$ 185 em algumas cidades mineiras. Até o momento,
160 municípios do Estado já decretaram situação de emergência
devido à estiagem. A situação em algumas localidades, no entanto,
é ainda pior: municípios como Formiga, na região centro-oeste,
anunciaram estado de calamidade pública.

O
decreto foi assinado pelo prefeito Moacir Ribeiro na última
terça-feira (14). Fiscais estão na rua para impedir que os
moradores realizem atividades que gastem grande volume de água.
De
acordo com levantamentos da administração municipal, a vazão atual
do Rio Formiga é somente de 14,06% da vazão média mínima anual. A
partir desta segunda-feira (20), as aulas estarão suspensas na rede
pública de ensino.

Para
amenizar a situação, estão sendo perfurados novos poços
artesianos e utilizados caminhões-pipa

Em
Oliveira, na mesma região, o caso também é grave. A cidade de
cerca de 40 mil habitantes também cancelou as aulas na rede pública
devido à falta de água. De acordo com a assessoria de imprensa da
prefeitura, a medida vale por tempo indeterminado e tem como objetivo
evitar que os alunos sejam expostos à doenças infecciosas pela
falta de higienização. Foi implantado ainda o rodízio no
abastecimento dos bairros do município. Ainda conforme a prefeitura,
esta já pode ser considerada a maior seca de todos os tempos. Oito
caminhões-pipa estão sendo usados para abastecer os reservatórios
locais

Há duas
semanas, Itapecerica também decretou estado de emergência devido ao
abastecimento de água. Conforme o funcionário da secretaria
jurídica do município, Wesley Braga, serão perfurados cinco novos
poços artesianos. O município está sendo abastecido uma vez por
semana e nove caminhões-pipa auxiliarm a população. Quem for
flagrado desperdiçando água, pode ser multado em R$ 120

O
revezamento também vale em Pará de Minas. Além dos caminhões-pipa
e da perfuração de novos poços artesianos, a prefeitura ainda
abriu licitação para contratar uma nova empresa de abastecimento e
está avaliando propostas. A programação de grandes eventos do
município também foi temporariamente cancelada

Em
Juiz de Fora, na Zona da Mata, a Cesama (Companhia de
Saneamento Municipal), responsável pelo fornecimento de água na
cidade, decidiu adotar rodízio de abastecimento na última
sexta-feira (17). Conforme o órgão, a medida está sendo tomada
devido à situação crítica da represa de São Pedro, somado à
baixa incência de chuvas e as altas temperaturas dos últimos dias.
O objetivo do revezamento é,
principalmente, minimizar os transtornos dos moradores do bairro
Cidade Alta, que estão sem o serviço

Já em
Viçosa, na mesma região do Estado, o racionamento também foi
necessário. Agora, no município, está proibido lavar ruas,
calçadas, e frentes dos imóveis; regar jardins e plantas; encher ou
esvaziar piscinas; lavar quintais, telhados, paredes, calhas,
garagens, veículos e despejar água tratada na rede pluvial ou na
rede de esgoto.As regras, conforme o decreto, valem tanto para
residências quanto para estabelecimentos comerciais. As restrições,
de acordo com a prefeitura, são para que a cidade “suporte a
estiagem pelo menos até o final de outubro”

Em Uberaba, no Triângulo Mineiro, o Codau (Centro Operacional de
Desenvolvimento e Sanemanento) mantém fiscais na rua para impedir
que os moradores lavem calçadas, carros ou qualquer outra atividade
que não priorize o consumo humano. Conforme o Codau, esta é a pior
seca dos últimos 83 anos. Além disso, estão sendo organizadas
operações para flagrar possíveis desvios ilegais do curso do rio
para propriedades particulares. Entre as medidas tomadas pela
empresa, está o fechamento temporário dos reservatórios para que
eles se recuperem e recomecem a distribuição de água

Atitudes como lavar o carro ou a calçada e até mesmo regar as plantas, além de desperdiçarem grande quantidade de água, agora podem render multas de até R$ 185 em algumas cidades mineiras. Até o momento, 160 municípios do Estado já decretaram situação de emergência devido à estiagem. A situação em algumas localidades, no entanto, é ainda pior: municípios como Formiga, na região centro-oeste, anunciaram estado de calamidade pública. O decreto foi assinado pelo prefeito Moacir Ribeiro na última terça-feira (14). Fiscais estão na rua para impedir que os moradores realizem atividades que gastem grande volume de água. De acordo com levantamentos da administração municipal, a vazão atual do Rio Formiga é somente de 14,06% da vazão média mínima anual. A partir desta segunda-feira (20), as aulas estarão suspensas na rede pública de ensino. Para amenizar a situação, estão sendo perfurados novos poços artesianos e utilizados caminhões-pipa

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