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"Tem cinco anos que choro todos os dias", diz mãe que perdeu filha em acidente

Tragédia no Anel Rodoviário de BH matou cinco pessoas e deixou dez feridas em 2011

Minas Gerais|Do R7

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Há exatos cinco anos, o Anel Rodoviário de Belo Horizonte foi palco de uma tragédia que destruiu famílias e deixou sequelas irrecuperáveis. No dia 28 de janeiro de 2011, uma carreta desgovernada atingiu 15 veículos. Dez pessoas ficaram feridas. Outras cinco morreram entre as ferragens. A perícia confirmou que o motorista da carreta dirigia a quase 120 km/, o dobro da velocidade permitida no local
Entre as vítimas estava uma menina de apenas quatro anos. Laura Gibosky ficou internada por quase seis meses em uma UTI (Unidade de Tratamento Intensivo). Cinco anos depois do acidente, a família da menina precisou se adaptar à nova rotina. Eles mudaram para um apartamento na região da Pampulha enquanto constroem uma casa totalmente planejada para a filha
O pai de Laura, Ricardo Wagner, conta que "recomeçou do zero" para tentar tornar a vida da filha um pouco mais fácil. — A grande dificuldade que a gente tem, e todo deficiente físico tem, é de acesso mesmo nas dependências de qualquer apartamento, de qualquer casa. Então a gente teve a necessidade de partir do zero. Compramos um lote, contratamos profissionais capacitados para fazer esse tipo de projeto e estamos tentando chegar ao fim e ter uma casa realmente acessível para a Laura
A mãe, Priscilla Gibosky, divide os cuidados entre o trabalho e a dedicação integral à filha. — Ela tem um contato muito pequeno com a gente. Quem percebe mais, eu, meu marido, quem está no dia a dia com ela. Mas ela consegue através do olhar, piscar, alguma movimentação de mão, fazer algumas escolhas
Ao relembrar de toda a história, a funcionária pública não consegue conter as lágrimas. — Eu tinha tantos sonhos para a Laura. Eu queria ensinar ela a andar de bicicleta, a ir no mar brincar. Todos os nossos sonhos foram frustrados
Quem dirigia o carro no dia do acidente era Petrarca, a tia de Laura. Na época com 30 anos, a jovem perdeu no mesmo acidente a filha Ana Flávia, de dois anos. — Eu choro todos os dias. Tem cinco anos que eu choro todos os dias. Eu imagino como ela estaria hoje, qual o tamanho do cabelo, qual princesa ela ia gostar
A mãe de Laura lembra que pouco foi feito para tornar o Anel mais seguro mesmo tendo se passado cinco anos da tragédia. — Impressionante como que os responsáveis, aquelas pessoas que podem mesmo resolver o problema não mudam nada. Famílias são destruídas, pessoas mortas. Vários outros acidentes aconteceram no mesmo local e ninguém faz nada
O motorista da carreta, Leonardo Faria Hilário, está em liberdade. De acordo com o Tribunal de Justiça, ele vai a júri popular no dia 23 de junho, no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte

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Há exatos cinco anos, o Anel Rodoviário de Belo Horizonte foi palco de uma tragédia que destruiu famílias e deixou sequelas irrecuperáveis. No dia 28 de janeiro de 2011, uma carreta desgovernada atingiu 15 veículos. Dez pessoas ficaram feridas. Outras cinco morreram entre as ferragens. A perícia confirmou que o motorista da carreta dirigia a quase 120 km/, o dobro da velocidade permitida no local
Entre as vítimas estava uma menina de apenas quatro anos. Laura Gibosky ficou internada por quase seis meses em uma UTI (Unidade de Tratamento Intensivo). Cinco anos depois do acidente, a família da menina precisou se adaptar à nova rotina. Eles mudaram para um apartamento na região da Pampulha enquanto constroem uma casa totalmente planejada para a filha
O pai de Laura, Ricardo Wagner, conta que "recomeçou do zero" para tentar tornar a vida da filha um pouco mais fácil. — A grande dificuldade que a gente tem, e todo deficiente físico tem, é de acesso mesmo nas dependências de qualquer apartamento, de qualquer casa. Então a gente teve a necessidade de partir do zero. Compramos um lote, contratamos profissionais capacitados para fazer esse tipo de projeto e estamos tentando chegar ao fim e ter uma casa realmente acessível para a Laura
A mãe, Priscilla Gibosky, divide os cuidados entre o trabalho e a dedicação integral à filha. — Ela tem um contato muito pequeno com a gente. Quem percebe mais, eu, meu marido, quem está no dia a dia com ela. Mas ela consegue através do olhar, piscar, alguma movimentação de mão, fazer algumas escolhas
Ao relembrar de toda a história, a funcionária pública não consegue conter as lágrimas. — Eu tinha tantos sonhos para a Laura. Eu queria ensinar ela a andar de bicicleta, a ir no mar brincar. Todos os nossos sonhos foram frustrados
Quem dirigia o carro no dia do acidente era Petrarca, a tia de Laura. Na época com 30 anos, a jovem perdeu no mesmo acidente a filha Ana Flávia, de dois anos. — Eu choro todos os dias. Tem cinco anos que eu choro todos os dias. Eu imagino como ela estaria hoje, qual o tamanho do cabelo, qual princesa ela ia gostar
A mãe de Laura lembra que pouco foi feito para tornar o Anel mais seguro mesmo tendo se passado cinco anos da tragédia. — Impressionante como que os responsáveis, aquelas pessoas que podem mesmo resolver o problema não mudam nada. Famílias são destruídas, pessoas mortas. Vários outros acidentes aconteceram no mesmo local e ninguém faz nada
O motorista da carreta, Leonardo Faria Hilário, está em liberdade. De acordo com o Tribunal de Justiça, ele vai a júri popular no dia 23 de junho, no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte

Há exatos cinco anos, o Anel Rodoviário de Belo Horizonte foi palco de uma tragédia que destruiu famílias e deixou sequelas irrecuperáveis. No dia 28 de janeiro de 2011, uma carreta desgovernada atingiu 15 veículos. Dez pessoas ficaram feridas. Outras cinco morreram entre as ferragens. A perícia confirmou que o motorista da carreta dirigia a quase 120 km/, o dobro da velocidade permitida no local

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