Governo concorda e delegado acusado de matar namorada é expulso da Polícia Civil
Corregedoria pediu demissão de Geraldo Toledo por irregularidades cometidas em 2011
Minas Gerais|Do R7
O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, acolheu o pedido da Corregedoria da Polícia Civil de Minas Gerais de demissão do delegado Geraldo Toledo, acusado de matar a ex-namorada de 17 anos. A decisão foi publicada nesta quarta-feira (16), no Diário Oficial do Estado de Minas Gerais.
O pedido se refere a irregularidades cometidas há oito anos e investigadas desde 2011. Na época, Toledo era delegado de trânsito em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. Segundo as apurações, ficou comprovado que ele permitiu o registro de duas motos roubadas que tiveram os chassis e motores adulterados. Uma delas, inclusive, teria saído no nome do próprio delegado.
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De acordo com o trecho publicado no Diário Oficial, Anastasia "acolhe os fundamentos apresentados na Nota Jurídica nº 529 da Advocacia Geral do Estado SECCRI e aplica a pena de demissão ao Delegado de Polícia Geraldo de Amaral Toledo Neto, MASP Nº 1.060.839-6, do quadro de cargos de provimento efetivo da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais".
Expulso da corporação, Toledo deve perder o benefício de ficar preso na Casa do Policial Civil em Belo Horizonte. Em nota, a corporação informou que está "adotando os procedimentos legais para transferir o ex-delegado para uma das unidades do Sistema Prisional da Secretaria de Estado de Defesa Social".
Entenda o caso
Toledo teria atirado em Amanda Linhares, de 17 anos, com quem tinha um relacionamento amoroso, durante uma briga na estrada que liga Ouro Preto a Lavras Novas, na região central de Minas, em abril deste ano.
A adolescente ficou internada por quase dois meses no Hospital Pronto-Socorro João 23, na capital. Ela morreu na noite do dia 4 de junho, após sofrer uma parada cardiorrespiratória. O corpo foi enterrado no cemitério Nossa Senhora da Conceição, em Conselheiro Lafaiete.
Embora o exame de balística não tenha encontrado vestígios de pólvora nas mãos de Amanda, Toledo sustenta que a menor se matou. Um sapato e um estojo de maquiagem da garota foram encontrados na BR-040 e reforçaram as suspeitas de que o policial tentou ocultar provas.