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Grupo de manifestantes quebra gabinete de deputado na ALMG

Eles estavam exaltados com o confronto entre PM e moradores de ocupações urbanas

Minas Gerais|Márcia Costanti, do R7

Envolvidos foram contidos por seguranças da Casa
Envolvidos foram contidos por seguranças da Casa
Grupo que invadiu gabinete do parlamentar foi detido
Grupo que invadiu gabinete do parlamentar foi detido

Revoltados com o confronto ocorrido entre a Polícia Militar e moradores de ocupações urbanas durante um protesto na manhã desta sexta-feira (19), em Belo Horizonte, um grupo de cinco manifestantes causou confusão no gabinete do deputado Cristiano Silveira (PT). De acordo com a assessoria de imprensa da ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais), eles queriam conversar com o parlamentar, que é presidente da Comissão de Direitos Humanos. 

Ainda conforme a assessoria da Casa, os envolvidos estavam muito exaltados e não encontraram o deputado no gabinete. Indignado, eles quebraram a porta de blindex do cômodo e precisaram ser contidos por seguranças. A Polícia Militar foi acionada e eles já foram conduzidos para a delegacia, onde vão prestar esclarecimentos.

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Entenda

O protesto teve início por volta de 9h30 com um grupo de aproximadamente 1.000 pessoas fechando a rodovia em frente à sede do governo de Minas. Em nota, os integrantes do movimento informaram que o protesto estava sendo realizado por causa de uma nova decisão judicial que teria autorizado o despejo de 8.000 famílias que vivem em três ocupações da capital.


Segundo a PM, durante o ato, manifestantes teriam apedrejado ônibus que transportam funcionários da Cidade Administrativa e, inclusive, atearam fogo em um coletivo. Militares do Corpo de Bombeiros estiveram no local para conter as chamas. 

Outras seis pessoas ficaram feridas e foram socorridas para o Hospital Risoleta Neves e para a UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) de Venda Nova. Além disso, 13 manifestantes foram presos e encaminhados à Central de Flagrantes da Polícia Civil.


Militares da tropa de Choque, da Rotam, do Batalhão Aéreo, do Batalhão de Polícia Militar Rodoviário, além do efetivo do 13º Batalhão, foram deslocados para a região. Nenhum militar ficou ferido.

Por causa do protesto, o trânsito ficou bastante complicado na região.

Resposta

Por meio de nota, o Governo de Minas informou que negocia com os líderes dos movimentos populares há cerca de três meses para solucionar a questão da moradia das famílias residentes em ocupações. Conforme o comunicado, em março deste ano, foi apresentada uma proposta de construção de conjuntos habitacionais pelo programa Minha Casa Minha Vida, que vai assegurar o assentamento da comunidade em parte das cerca de 9.000 unidades que serão construídas na primeira fase.

A proposta prevê a desocupação de parte da área para que o projeto seja iniciado. O tempo previsto de duração das intervenções é de 18 meses e, durante este período, o Governo "comprometeu-se com o apoio ao remanejamento das famílias da área ocupada para outra área na mesma região até que todos sejam reassentados nos imóveis novos". Além disso, para as famílias mais numerosas serão indicados apartamentos de três quartos. O conjunto habitacional vai contar ainda com escolas, postos de saúde, áreas de lazer, acesso à água tratada e transporte público. Ainda de acordo com a nota, todas as propostas feitas pelo Estado foram recusadas pelos líderes da ocupação, o que "obriga ao cumprimento da decisão judicial de reintegração de posse da área ocupada".

Sobre o protesto ocorrido na manhã desta sexta-feira (19), que terminou com confronto entre manifestantes e PM, o Governo informou que a ação de desocupação é uma determinação da Justiça mineira, a pedido da Prefeitura de Belo Horizonte. O comunicado ressalta ainda que a PM "agiu para assegurar a livre circulação da população. O Governo de Minas Gerais reconhece o direito à livre manifestação, mas trabalhará sempre para a manutenção da ordem, sem tolerar a interdição de vias públicas".

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