Por muito pouco o erro de um laboratório não trouxe graves consequências para uma jovem. O laudo com o resultado de um câncer na pálpebra quase fez a paciente perder o olho direito.
A jovem, que preferiu não se identificar, procurou uma oftalmologista após notar um pequeno cisto na pálpebra direita. Segundo a paciente, o procedimento de retirada do material para análise foi simples e rápido.
— Ela fez uma retirada padrão do cisto, sem cirurgia sem nada. Só retirou o cisto e pediu análise da lâmina para confirmar se era um cisto maligno ou benigno.
O material foi enviado para o laboratório e o primeiro resultado foi o pior possível. A família da jovem ficou desesperada com o diagnóstico grave da doença.
— Fui no laboratório pegar o resultado, entrei no carro do meu pai e li que era carcinoma, que era maligno. Liguei para minha mãe e ela ficou doida.
A jovem cancelou viagem, marcou cirurgia, mas foi aconselhada pelos médicos a confirmar o diagnóstico. A revisão da lâmina foi feita em outros dois laboratórios que deram o resultado contrário ao do primeiro: o cisto era benigno.
Os novos resultados trouxeram alívio, mas também revolta. A advogada da família Márcia Rocha conta que convenceu a cliente entrar na Justiça para mostrar a responsabilidade da empresa.
— Nós insitimos que era necessário sim ajuizar essa demanda, para mostrar para a sociedade que há responsabilidades sim em casos como esses.
Indenização
O Tribunal de Justiça de Minas condenou o laboratório a pagar R$ 20 mil por danos morais. A decisão foi baseada no Código de Defesa do Consumidor que define a responsabilidade objetiva dos prestadores de serviços.
O laboratório que funciona no centro de BH não quis comentar a decisão.
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