A Justiça negou, pela sétima vez, o pedido de soltura do promotor afastado André Luís Garcia de Pinho, acusado de matar a esposa, em abril de 2021, no apartamento da família, em Belo Horizonte.
A decisão foi unânime entre os membros do Órgão Especial do TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais). O desembargador Wanderley Paiva, relator do caso, afirmou que não houve novos fatos que justifiquem o relaxamento da prisão preventiva.
Segundo o advogado Pedro Henrique Saraiva, que defende Pinho, a análise da prisão precisa acontecer a cada 90 dias pela lei processual penal. O defensor também já tentou a soltura do cliente no STF (Supremo Tribunal Federal) e no STJ (Superior Tribunal Federal), sem sucesso.
O caso
Em abril de 2021, Lorenza foi encontrada morta na casa em que o casal morava com os cinco filhos, no bairro Buritis, na região oeste da capital mineira. Pinho virou réu pelo assassinato da esposa em agosto do mesmo ano, após investigações terem apontado que ela foi vítima de asfixia e intoxicação.
Segundo a defesa do promotor afastado, Lorenza teria morrido enquanto dormia, após ter se engasgado ao ingerir remédios e bebidas alcoólicas.
As duas primeiras audiências do caso aconteceram em agosto deste ano. Na oportunidade, foram ouvidas 13 pessoas, entre elas dois filhos do casal, o pai, a irmã gêmea e a madrasta de Lorenza. André de Pinho seria ouvido no último dia de audiência, mas as sessões foram suspensas a pedido dos advogados das duas partes e ainda não têm data para ser retomadas.