Justiça permite transferência do goleiro Bruno para Varginha (MG)
Segundo o TJMG, jogador vai cumprir restante da pena na cidade onde vive atualmente
Minas Gerais|Pablo Nascimento*, do R7
O juiz da Vara de Execuções Criminais de Contagem, na Grande BH, Wagner de Oliveira Cavalieri aceitou o pedido de trasferência do goleiro Bruno Fernades para o presídio de Varginha, no sul de Minas Gerais, onde ele mora atualmente. O jogador está preso na penitênciária de Três Corações, também no sul do Estado, desde esta quinta-feira (27). Fernades se entregou à polícia, nessa quinta-feira, após uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) anular o habeas corpus concedido a ele.
De acordo com o TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), a transferência deve ser após o Fórum de Três Corações receber a notificação da Comarca de Contagem. Lúcio Adolfo, advogado do atleta, acredita que a mudança deve ser realizada no início da próxima semana, devido a proximidade do final de semana e do feriado do Dia do Trabalhador.
Após se apresentar à polícia, Bruno Fernades chegou a ser levado para a penitenciária de Varginha, mas foi tranferido para Três Corações, por decisão da Justiça. O atleta, que é condenado a 22 anos e três meses de prisão pela morte de Eliza Samudio, já ficou detudi por seis anos e sete meses. Segundo a Seap (Secretaria de Administração Prisional de Minas Gerais), durante esse período, o goleiro passou duas temporadas na Penitenciária Nelson Hungria entre os anos de 2010 e 2015. Seis meses da pena foram cumpridos na Penitenciária de Francisco Sá, no norte de Minas. De setembro de 2015 a fevereiro deste ano, quando foi solto, o jogador estava na Apac (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado) de Santa Luzia, também na Grande BH.
Processo
O jogador que atualmente defende do Boa Esporte, cumpria pena na Apac de Santa Luzia quando foi solto, no dia 24 de fevereiro, graças a um habeas corpus concedido pelo ministro Marco Aurélio Mello, do STF. A decisão foi dada após o magistrado considerar excessiva a demora da análise de um recurso apresentado pelos advogados do jogador. O pedido foi enviado à Justiça em 2013 e, até hoje, não foi apreciado. Assim, para o entendimento de Mello, Fernades teria o direito de aguardar o julgamento em liberdade. Porém, para o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, não foi constatado excesso de prazo atribuível à inércia dos órgãos judiciários e, por isso, o documento foi revogado com a maioria dos votos e foi reestabelecida a prisão anteriormente decretada ao jogador.
* Com supervisão de Flávia Martins y Miguel